Vivi Reis é relatora da Comissão que vai investigar assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips
Na última quarta-feira, 15, foi aprovada a criação de uma Comissão Externa que acompanhe e proponha providências acerca das circunstâncias da morte de Bruno Pereira e Dom Phillips. O requerimento da comissão, aprovado em votação simbólica, foi assinado por Joenia Wapichana (REDE-RR), Vivi Reis (PSOL-PA) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) e um conjunto de deputados e […]
22 jun 2022, 12:28 Tempo de leitura: 2 minutos, 4 segundosNa última quarta-feira, 15, foi aprovada a criação de uma Comissão Externa que acompanhe e proponha providências acerca das circunstâncias da morte de Bruno Pereira e Dom Phillips. O requerimento da comissão, aprovado em votação simbólica, foi assinado por Joenia Wapichana (REDE-RR), Vivi Reis (PSOL-PA) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) e um conjunto de deputados e deputadas de oposição.
Vivi Reis atuará como relatora da Comissão e afirmou estar “empenhada em construir um relatório que aponte a realidade na região do Rio Javari. Não vamos aceitar nenhuma versão simplista para os fatos.”
A primeira reunião do grupo aconteceu na manhã de segunda-feira, 20. Nela, os deputados criticaram a pressa da Polícia Federal em querer encerrar o caso e apontaram elementos que justificam a continuidade das investigações para identificar possíveis mandantes e a existência de redes criminosas que atuam na região do Javari e podem ter relação com o assassinato. “Queremos ouvir indígenas, indigenistas, familiares e autoridades. A Univaja fez uma série de denúncias que devem ser apuradas. Não vamos aceitar uma versão simplista que associa a morte de Bruno e Dom à pesca ilegal de pirarucu, que é grave e irregular, mas que segundo relatos dos próprios indígenas, é apenas parte de uma rede criminosa que atua livremente na região, com a conivência do governo federal”, afirmou Vivi.
Na reunião, a deputada também defendeu que a Comissão apure as circunstâncias do assassinato do servidor da Funai, Maxciel Pereira, em 2019 no município de Tabatinga (AM), que até hoje segue impune e afirmou que existe grande possibilidade dos dois crimes terem relações diretas, o que justifica a devida apuração, para chegar aos possíveis mandantes que podem integrar a mesma organização criminosa.
A Comissão voltou a se reunir na terça-feira. Uma diligência já na próxima semana à Atalaia do Norte foi aprovada, em conjunto com a Comissão Externa do Senado, assim como o plano de trabalho. Todos os requerimentos foram aprovados, incluindo dois de autoria da Vivi: (1) Visita in loco às bases de proteção do Vale do Javari e; (2) Audiência pública para discutir as condições de trabalho e os direitos dos/as servidores/as da Funai/Sertanistas e indígenas com vínculos empregatícios temporários com a Funai.
Foto: Helena Palmquist / Arquivo Pessoal