Tarcísio Motta segue confiante após Conselho de Ética aprovar cassação de Chiquinho Brazão

No início da tarde da última quarta-feira, 28, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados opinou favoravelmente ao parecer pela cassação do deputado federal Chiquinho Brazão, um dos suspeitos de ter sido o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco. Foram 15 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção.

Para Tarcísio Motta (PSOL-Rio), esse foi mais um importante passo rumo à justiça por Marielle Franco. “O relatório agora será encaminhado ao plenário da casa e nós vamos aguardar. A verdade é que seguimos ainda mais confiantes no desfecho desse caso”.

A cassação de Chiquinho Brazão foi defendida inclusive por parlamentares que votaram pela soltura do parlamentar, quando ele foi preso, em março deste ano, acusado de obstrução da Justiça.

A relatora do caso, a deputada Jack Rocha (PT-ES), concluiu seu voto pedindo a cassação do mandato de Brazão, argumentando que a acusação é “verossímil e sustentada por evidências significativas”. Segundo Rocha, o relatório da Polícia Federal mostra um “quadro perturbador de corrupção e crime organizado” nas supostas relações da família Brazão com grupos milicianos do Rio de Janeiro. 

Usando o argumenta da preservação da “honra coletiva” do Parlamento, a deputada apresentou seu parecer alegando que as acusações que pesam contra o deputado Brazão mancham a imagem do Legislativo.

O documento segue agora para o plenário da Câmara, para ser aprovado ou não, por maioria absoluta dos membros da Casa, caso o representado não recorra à Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ) em 5 dias.

Foto: Mário Agra / CD