Tarcísio Motta quer incluir nome da juíza Patrícia Acioli no “Livro de Aço dos Heróis e Heroínas da Pátria”
Magistrada foi responsável pela prisão de ao menos 60 agentes públicos envolvidos em organizações criminosas durante os dez anos de atuação que precederam a sua covarde execução
16 ago 2024, 15:47 Tempo de leitura: 1 minuto, 49 segundosNa semana em que se completaram 13 anos do assassinato da Juíza Patricia Acioli, o deputado federal Tarcísio Motta (RJ) protocolou um projeto em sua homenagem buscando inserir o nome da juíza no “Livro de Aço dos Heróis e Heroínas da Pátria”, onde constam nomes como Tiradentes, Chico Mendes e Zumbi dos Palmares.
Patricia Acioli foi assassinada em 11 de agosto de 2011, na porta da sua casa em Niterói, em represália à sua atuação como Juíza em São Gonçalo, onde foi responsável pela prisão de diversos milicianos e policiais membros de grupos de extermínio.
Em seu projeto apresentado na Câmara, Tarcísio afirma que a juíza se notabilizou pelo combate às milícias e grupos de extermínio no Estado do Rio de Janeiro.
“Como magistrada, foi responsável pela prisão de ao menos 60 agentes públicos envolvidos em organizações criminosas durante os dez anos de atuação que precederam a sua covarde execução – entre eles, os responsáveis por seu assassinato. Seus assassinos faziam parte de um grupo miliciano acusado de forjar mortes em operações policiais para encobrir execuções”.
Na noite da última segunda-feira, 12, Tarcísio participou da inauguração da Cátedra Patricia Acioli pelo Colégio de Altos Estudos da UFRJ, quando conversou com familiares da ex-juíza e apresentou a ideia da homenagem na Câmara dos Deputados.
A história e o legado de Patrícia Accioli, em sua rica, louvável e inspiradora atuação profissional foram celebrados em diversas homenagens póstumas, incluindo o “Prêmio Patrícia Acioli de Direitos Humanos”, instituído pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, e a criação da “Cátedra Patrícia Acioli” pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ.
A inscrição de seu nome no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria será um importante reconhecimento de seu protagonismo na defesa da democracia brasileira e na construção de uma sociedade que garanta a todos o direito à vida, à liberdade, à igualdade e à segurança.
Foto: Mário Agra / CD