Tarcísio Motta propõe inscrição de Dorothy Stang no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
Neste 12 de fevereiro de 2025, completam-se 20 anos do assassinato da religiosa, crime motivado por sua atuação em defesa do meio ambiente e dos trabalhadores rurais
13 fev 2025, 12:27 Tempo de leitura: 1 minuto, 57 segundos
O deputado federal Tarcísio Motta (RJ) apresentou um Projeto de Lei com o objetivo de incluir o nome de Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dorothy, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Neste 12 de fevereiro de 2025, completam-se vinte anos do assassinato de Irmã Dorothy no Pará, um crime motivado por sua incansável atuação em defesa do meio ambiente e dos direitos dos trabalhadores rurais. A missionária, então com 73 anos, dedicava-se à causa amazônica desde a década de 1970. Natural de Ohio, nos Estados Unidos, Dorothy Mae Stang radicou-se no Brasil na década de 1960, tornando-se posteriormente cidadã brasileira.
“Irmã Dorothy consagrou sua vida à proteção da floresta e manteve um diálogo intenso com movimentos sociais, lideranças camponesas, políticas e religiosas, sempre buscando soluções para os conflitos agrários e a exploração sustentável da terra”, destacou Tarcísio Motta.
O parlamentar ressaltou ainda que, em Anapu, município onde a missionária foi brutalmente assassinada em 2005, ela foi uma das fundadoras da primeira escola de formação de professores na rodovia Transamazônica. Além disso, colaborou ativamente para a implementação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança, um modelo de assentamento que garantia renda às comunidades locais sem comprometer a integridade da floresta.
“Integrante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) desde sua fundação, em 1975, durante o período da Ditadura Militar, Irmã Dorothy dedicou-se à defesa dos trabalhadores rurais sem terra e à luta por uma reforma agrária justa e efetiva. Assim como tantas outras lideranças camponesas e ambientalistas no Brasil, ela vinha sendo alvo de ameaças de morte há mais de um ano antes de seu trágico assassinato”, afirmou o deputado.
Dorothy Stang foi executada no dia 12 de fevereiro de 2005, por volta das sete horas e trinta minutos da manhã, com sete tiros, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no Pará. Os mandantes do crime foram os fazendeiros Regivaldo Pereira Galvão e Vitalmiro Bastos de Moura.
De acordo com o Ministério Público, a missionária foi assassinada por defender a criação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas, áreas cobiçadas por fazendeiros e madeireiros da região.