Tarcísio Motta preside audiência pública sobre violência contra as escolas
Para o parlamentar, ataques contra escolas fazem parte de um capítulo triste do nosso país
28 abr 2023, 11:43 Tempo de leitura: 2 minutos, 17 segundosNa manhã da quinta-feira, 27/04, foi realizada uma audiência pública na Comissão de Educação para debater a violência contra as escolas e a proteção de crianças, adolescentes e profissionais da educação. O requerimento foi uma iniciativa do deputado Tarcísio Motta (RJ) e contou com o apoio e a participação dos deputados e deputadas Chico Alencar (RJ), Glauber Braga (RJ), Fernanda Melchionna (RS), Ivan Valente (SP), professora Luciene Cavalcante (SP) e Sâmia Bomfim (SP).
Para Tarcísio Motta, os mais recentes ataques contra escolas em várias cidades do Brasil fazem parte de um capítulo muito triste do nosso país. “Não são casos isolados e nem começaram a acontecer agora. Basta lembrarmos os casos ocorridos em Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011; em Suzano, São Paulo, em 2019; em Saudades, Santa Catarina, em 2021; e em Aracruz, no Espírito Santo, em 2022”.
Tarcísio lembra ainda que nos últimos anos houve uma disseminação da noção de que a violência é a forma correta de agir na sociedade: xingar as pessoas, encarar conflitos com brigas, ridicularizar aquele que é diferente de você, agredir de todas as formas as mulheres, valorizar armas e a posição do macho. Uma escalada do racismo, da misoginia e da xenofobia. O resultado de toda essa violência contra as escolas promovida nos últimos anos foi o descrédito dos professores e desvalorização do conhecimento e do convívio com ideias diferentes.
A verdade é que a escalada de violência nas escolas é uma preocupação de toda a sociedade brasileira. Cabe lembrar que o agente da violência não é a Instituição Escolar em si. A escola está dentro da sociedade e não apartada dela. Os valores que a sociedade elege como válidos e corretos forma toda uma geração. Porque o aprendizado é uma questão também global, muito mais do que aprender uma matéria.
A audiência contou ainda com a participação de Andressa Pellanda, coordenadora da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação; Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e um dos coordenadores do GT de Educação do Gabinete de Transição Governamental, em 2022; Juliana Meato, consultora em Educação e pós-graduada em Ensino de História pelo Colégio Pedro II; Catarina de Almeida, professora associada da Faculdade de Educação da UnB e uma das coordenadoras da Rede Nacional de Pesquisa sobre Militarização da Educação; Letícia Oliveira, especialista em monitoramento online de agrupamentos de extrema-direita; e Rogério Diniz Junqueira, pesquisador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC).
Foto: Cleia Viana / CD