Tarcísio Motta participa de reunião com Ministério dos Direitos Humanos para tratar da transformação da Casa da Morte de Petrópolis em memorial

Local receberá o nome de Inês Etienne, única militante que sobreviveu aos horrores cometidos no espaço durante a ditadura

21 nov 2024, 18:06 Tempo de leitura: 2 minutos, 10 segundos
Tarcísio Motta participa de reunião com Ministério dos Direitos Humanos para tratar da transformação da Casa da Morte de Petrópolis em memorial

Na tarde da terça-feira (19.11), o deputado federal Tarcísio Motta (RJ) participou de uma reunião com representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) para tratar da transformação da Casa da Morte de Petrópolis em um memorial. O local foi um dos principais centros clandestinos de tortura e assassinato durante os anos da ditadura militar no Brasil e será transformado no Memorial de Liberdade, Verdade e Justiça Inês Etienne Romeu. Inês ficou foi a única militante que passou pela Casa da Morte e conseguiu sobreviver.

Os deputados Glauber Braga e Luísa Erundina, do PSOL, também participaram da reunião, que contou com a presença de Nilmário Miranda, assessor especial de defesa da democracia, memória e verdade; Paula Franco, coordenadora-geral de apoio a políticas de memória e verdade; e Pedro Brandão, assessor especial de assuntos parlamentares e federativos.

As tentativas de desapropriação da Casa da Morte acontecem desde 2012, mas não foram adiante por falta de verbas. Agora, a medida conta com apoio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que fornecerá os recursos financeiros necessários para a conclusão do processo por meio de um convênio. Cabe lembrar que as atividades da Casa da Morte foram denunciadas por vítimas da ditadura e também aparecem em relatos de militares que confirmaram que o local era utilizado para a tortura e o assassinato de militantes políticos.

Tarcísio ressalta que até hoje nenhum governo teve coragem de abrir os arquivos das Forças Armadas e revisar a Lei da Anistia: “Estamos muito atrasados quando o assunto é o respeito ao direito à memória e à verdade do que aconteceu nos anos de chumbo aqui no nosso país. Precisamos urgentemente revelar para as novas gerações o que foi a ditadura. Recentemente, estreou nas telas dos cinemas de todo o Brasil o filme Ainda Estou Aqui, que, a meu ver, deveria ser exibido em todas as escolas do país para que nunca esqueçamos daqueles que foram torturados, mortos e desaparecidos por simplesmente desejarem um país diferente”.

Durante a reunião, ficou estabelecido que, além da Casa da Morte de Petrópolis, outros dois lugares de memória serão construídos no Rio de Janeiro: as ruínas da Usina Cambahyba, em Campos, que serão transformadas no Memorial Cícero Guedes; e o antigo prédio do Dops (Departamento de Ordem Política e Socia), na Rua da Relação, no Centro do Rio.   

Foto: Reprodução / Internet