Tarcísio Motta participa de encontro sobre o acordo Mercosul – União Europeia na Bélgica e defende reparação e emancipação do povo latinoamericano

No último dia 17.07, o deputado federal Tarcísio Motta (RJ) esteve no Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica, para participar de um encontro com representantes de 33 países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), junto com outros parlamentares, entre eles sua colega de partido Fernanda Melchionna (RS). Na pauta, o acordo Mercosul – União Europeia, que está em plena fase de discussão e prestes a ser assinado e, também, a renovação e o reforço das relações entre ambas os continentes. Foram abordados, ainda, temas como comércio, pesquisa e educação, segurança e combate às mudanças climáticas.

Tarcísio foi a convite de duas organizações, a plataforma Cipó e a Federação Europeia para Estudos Progressistas (FEPS). O deputado participou de duas atividades principais que reuniram uma série de movimentos progressistas, onde os parlamentares brasileiros puderam apontar algumas preocupações, como a transferência de recursos de tecnologia para garantir justiça socioambiental e a perspectiva de reparação histórica diante do racismo ambiental.

“É preciso buscar uma outra ordem global e uma outra perspectiva, além de pensar nas pessoas e não só nas mercadorias. No evento, eu pude defender que o Brasil não assinasse o acordo nos termos que até então estavam colocados, pois precisamos avançar muito mais, não apenas na questão ambiental, mas sobretudo na questão da garantia de direitos. Lutamos por um acordo que rompa com a tradição neocolonialista que reduz todas as relações diplomáticas entre o Norte e o Sul a uma simples troca de commodities por bens industrializados. Defendemos um acordo que colabore com emancipação do povo latinoamericano e reconheça a dívida histórica dos países europeus com nosso continente”, afirmou Tarcísio.

Os debates se deram a respeito de como as recentes crises de inflação, alimentação, saúde, migração e energia exacerbaram a pobreza, dificultaram o desenvolvimento econômico e social sustentável a longo prazo e criaram maiores desigualdades ente os países. O objetivo da União Europeia e dos países da América Latina e do Caribe é a cooperação nas questões de mudança climática, biodiversidade e mudança tecnológica, gerando riqueza de uma forma que melhore as condições de vida da população local e cause o mínimo possível de danos ao meio ambiente.