Tarcísio Motta e bancada do PSOL se reúnem com ministra Nísia Trindade para discutir a crise dos hospitais federais

Durante a reunião, parlamentares defenderam o caráter público dos hospitais federais, a necessidade de valorização de seus servidores e a ampliação do orçamento para resolver os graves problemas estruturais

16 maio 2024, 19:23 Tempo de leitura: 1 minuto, 54 segundos
Tarcísio Motta e bancada do PSOL se reúnem com ministra Nísia Trindade para discutir a crise dos hospitais federais

Na última terça-feira (14.05), o deputado federal Tarcísio Motta, acompanhado da bancada do PSOL, esteve reunido com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para discutir a respeito da crise dos hospitais federais e a situação de seus servidores, que estão sofrendo com falta de orçamento e recursos humanos. Na pauta, entre outros problemas, a inclusão dos nomes dos pais adotantes na carteira de vacinação das crianças e rompimento de contratos de operadoras de planos de saúde com pessoas com doenças raras.

Durante a reunião, a bancada do PSOL defendeu o caráter público dos hospitais federais, a necessidade de valorização de seus servidores e a ampliação do orçamento para resolver os graves problemas estruturais hoje existentes. Em resposta, a ministra garantiu que os hospitais não serão repassados ao município ou ao estado, mas afirmou que está sendo elaborado um modelo de gestão que poderá ter a Ebserh, o Grupo Hospitalar Conceição e a Fiocruz como partes constituintes desse modelo.

“Cobramos que o ministério abra o diálogo com servidores e usuários para debater o modelo em estudo como forma de garantir o caráter 100% público dos hospitais federais no Rio de Janeiro e que seus servidores sejam valorizados no salário e na carreira”, afirmou o deputado federal Tarcísio Motta (RJ).

De acordo com informações do Ministério da Saúde divulgadas no final do mês passado, ainda na transição entre a gestão anterior e a atual, haviam sido identificados 593 leitos fechados, enfermarias e centros cirúrgicos interditados, desabastecimento de insumos e medicamentos (incluindo oncológicos), equipamentos e infraestrutura sem manutenção, além da redução de mais de 1,6 mil servidores estatutários (entre 2018 e 2023) e déficit de 7.000 profissionais.

Na ocasião, a ministra Nísia Trindade disse que havia um imenso desafio a ser superado. “Com o objetivo de os hospitais atenderem na sua capacidade plena às necessidades da população, que é nosso foco principal, avançamos em alguns pontos, mas há um imenso desafio para que eles possam ter essa capacidade plena em favor da população, dentro da visão do Sistema Único de Saúde (SUS)”.