Tarcísio Motta alerta sobre exploração de petróleo na Foz do Amazonas

"O governo tem adotado medidas acertadas, mas, nesse ponto, é essencial deixar o petróleo onde está, sem abrir uma nova frente de exploração de hidrocarbonetos", adverte o parlamentar

6 fev 2025, 12:15 Tempo de leitura: 1 minuto, 41 segundos
Tarcísio Motta alerta sobre exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Em seu primeiro pronunciamento no plenário da Câmara após o recesso legislativo, o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) fez um alerta sobre a possível autorização do governo para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, conforme noticiado pela imprensa. Tarcísio destacou a necessidade de repensar nossa relação com a natureza e nossa própria concepção de progresso.

Notícias recentes indicam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e afirmou que o governo emitirá a licença que permitirá a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, localizada na margem equatorial do país.

A Bacia da Foz do Amazonas, alvo de interesse de grandes petroleiras, possui uma área de aproximadamente 350 mil km². Situada no extremo noroeste do país, abrange o litoral do Amapá e parte do Pará, estendendo-se até a baía de Marajó (PA) e a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa.

Em seu discurso, Tarcísio foi enfático ao afirmar que a única saída viável é a descarbonização de nossa matriz energética. “Não é possível imaginar que estejamos iniciando o ano da COP30 discutindo a autorização para explorar petróleo na Foz do Amazonas. O governo tem adotado medidas acertadas, mas, nesse ponto, é essencial deixar o petróleo onde está, sem abrir uma nova frente de exploração de hidrocarbonetos.”

Para o deputado, a proposta do governo entra em franca contradição com os tratados internacionais que o Brasil tem assinado e defendido em prol do planeta. “Não podemos autorizar essa exploração. Não faz sentido discutir projetos de transição energética sem tomar a medida mais urgente: reduzir e interromper a exploração de petróleo e a produção de hidrocarbonetos. Sem isso, qualquer discurso sobre transição energética não passa de demagogia.”

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados