Talíria Petrone lança campanha de assinaturas pela soberania do Brasil frente aos ataques de Trump e Bolsonaro
Ameaça dos Estados Unidos de taxar produtos brasileiros em 50% poderá prejudicar economia nacional e empregos
16 jul 2025, 20:37 Tempo de leitura: 1 minuto, 55 segundos
A deputada Talíria Petrone (RJ) lançou esta semana nas redes a campanha “Soberania não se vende!” para coletar assinaturas em protesto pela ingerência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e pela articulação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) com aquele país na pressão por sanções contra o Brasil que atingem a economia nacional, empresários e o emprego de trabalhadores.
“O Brasil é soberano, não aceitaremos governos de outros países tentando interferir na política e na economia do Brasil. Também não podemos aceitar que um deputado federal use seu mandato para servir a interesses estrangeiros e sabotar o país. É hora de reagir. É hora de dizer alto e bom som: o Brasil não se curva a chantagens. Nossa democracia foi duramente conquistada e não será destruída por um clã de traidores”, afirmou Talíria.
No último dia 9, Trump enviou uma carta pública ao presidente Lula anunciando uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A nova taxa está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Ao justificar a elevação da tarifa, Trump citou Jair Bolsonaro e disse ser “uma vergonha internacional” o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após o anúncio, o presidente Lula afirmou que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e que o aumento unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras será respondido com base na Lei da Reciprocidade Econômica.
Jair Bolsonaro é réu no STF por liderar um organização criminosa para tentar um golpe de Estado em 2022. Nesta semana, a Procuradoria-Geral da República, que denunciou Bolsonaro ao Supremo, reforçou em um documento de 517 páginas o pedido para que o ex-presidente seja condenado a 43 anos de prisão.
“A interferência de Trump no Brasil não desvia Bolsonaro da rota da cadeia. Estão provadas as acusações por ele ter conspirado pela deslegitimação do sistema eleitoral, estímulo à insurreição e tentativa de cooptação das Forças Armadas. Agora, Eduardo Bolsonaro atua como operador internacional dessa estratégia. Agora começa a ruir diante das investigações e da iminência de justiça”, justifica a líder da bancada do PSOL.
Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados