Talíria Petrone é eleita vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara

Brasil ocupa o quinto lugar em um ranking de 83 nações que mais matam mulheres; outro desafio da comissão é a promoção de maior equidade no mercado de trabalho

12 abr 2024, 12:39 Tempo de leitura: 2 minutos, 14 segundos
Talíria Petrone é eleita vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara

A deputada federal Talíria Petrone (RJ) foi eleita, no dia 10 de abril (quarta) , vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, na Câmara dos Deputados. Ela atuará ao lado de mais duas vices, as deputadas Silvye Alves (União Brasil/GO) e Laura Carneiro (PSD/RJ), sob a presidência da deputada Ana Pimentel (PT),

Entre os desafios da comissão, está a promoção de maior equidade no mercado trabalho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ocupam menos de 40% dos cargos gerenciais no mercado de trabalho brasileiro.

“Nós ainda temos os menores salários, mesmo exercendo as mesmas funções. Somos nós, em especial as mulheres negras, que nos sobrecarregamos com trabalho doméstico. Ao mesmo tempo em que a gente cozinha, a gente cuida de filho, faz política, trabalha fora”, afirma a parlamentar de Niterói.

A violência contra a mulher é outro problema grave a ser enfrentado. Talíria pontuou que o Brasil ocupa o quinto lugar em um ranking de 83 nações que mais matam mulheres.

“O Brasil ainda tem marcas muito duras de feminicídio. Não tenho dúvida de que essa comissão terá pautas que nos unificarão para garantir o enfrentamento às violências diversas que nós vivenciamos, mas também nos farão avançar na promoção dos direitos para que possamos viver de forma livre e em paz”, disse.

Maioria da população brasileira (51,5% pelo Censo 2022), as mulheres também precisam aumentar sua representatividade nos espaços de poder e decisão. Para Talíria, as diferenças partidárias serão minimizadas na comissão.

“A gente está vivendo um momento no Brasil de ampliação da participação de nós mulheres nos espaços políticos, na condução da política brasileira, mas ainda é muito distante do que é o nosso tamanho no conjunto da sociedade. E, sem dúvida, a Comissão da Mulher – conduzida pela querida companheira deputada Ana Pimentel – é um instrumento também para fortalecer a atuação de nós mulheres nesse parlamento e nas tantas tarefas na política que nós enfrentaremos no próximo período”, declarou.

A comissão

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher foi criada em 2016 e tem, entre suas atribuições, o recebimento, a avaliação e a investigação de denúncias relativas à ameaça ou à violação dos direitos da mulher, em especial às vítimas de violência doméstica, física, psicológica e moral. O colegiado também fiscaliza programas governamentais relativos à proteção dos direitos da mulher.