Suspeito de mandar matar Marielle, Chiquinho Brazão é alvo de pedido de cassação por parte do PSOL na Câmara
Representação foi protocolada no mesmo dia em que o deputado do União Brasil foi preso, junto com seu irmão, Domingos, e o delegado Rivaldo Barbosa, todos suspeitos de serem mentores intelectuais do crime: presidente do Coética promete "pautar de imediato"
25 mar 2024, 11:59 Tempo de leitura: 1 minuto, 49 segundosA bancada do PSOL na Câmara protocolou no domingo (24.03)uma representação contra o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil), que foi preso pela Polícia Federal na manhã do domingo (24.03), junto com seu irmão, o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio. Os três são suspeitos de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
“Nossa bancada recebe com esperança os novos passos da investigação e da operação da PF. A cassação do Deputado Federal envolvido é imperativa. É um dever da Câmara dos Deputados com a justiça, com as famílias das vítimas e com todo o Brasil, 6 anos após esses crimes bárbaros”, afirma a líder do PSOL na Câmara, deputada Erika Hilton (SP).
Já a presidente do PSOL, Paula Coradi, afirma que um ambiente democrático como o Congresso Nacional não pode conviver com o autor intelectual de um crime bárbaro e cruel como foi o assassinato de Marielle e Anderson. “Por isso, pedimos a cassação do deputado Chiquinho Brazão, apontado pela PF como um dos mandantes do crime. No cargo, ele pode obstruir a Justiça e seguir cometendo crimes”, disse.
Mandantes
Os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram presos apontados como mandantes do atentado contra Marielle Franco, em março de 2018, no qual também morreu o motorista Anderson Gomes. O delegado Rivaldo Barbosa também foi preso, suspeito de atrapalhar as investigações. Os três foram alvos de mandados de prisão preventiva expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Operação Murder, Inc. foi deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF). O caso era investigado pela PF desde fevereiro do ano passado.
Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados