Sâmia Bomfim envia a Moraes pedido de extradição de Léo Índio

Réu no inquérito dos atos golpistas, primo dos filhos mais velhos de Bolsonaro fugiu para a Argentina após ter passaporte cancelado

2 abr 2025, 20:59 Tempo de leitura: 1 minuto, 41 segundos
Sâmia Bomfim envia a Moraes pedido de extradição de Léo Índio

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de extradição de Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, réu pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A parlamentar argumentou que sua permanência na Argentina “afronta o Estado Democrático de Direito” e reforçou a necessidade de uma ação enérgica das autoridades brasileiras para garantir sua responsabilização.

Nesta terça (2), Moraes determinou a prisão preventiva de Léo Índio, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão veio após a confirmação de que o réu se evadiu do Brasil e obteve autorização para permanecer na Argentina até junho de 2025. O ministro apontou que a saída do país foi deliberada e teve como objetivo fugir da aplicação da lei penal.

Na solicitação enviada a Moraes no último dia 27, Sâmia destacou que a apreensão do passaporte de Léo Índio foi uma medida necessária para evitar sua fuga e garantir sua presença nos atos processuais. No entanto, ele conseguiu deixar o país utilizando apenas sua identidade civil, uma vez que a entrada em países do Mercosul não exige passaporte.

Diante da confirmação da evasão, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou a prisão preventiva do réu, alegando que ele descumpriu medida cautelar alternativa e demonstrou “descaso com a aplicação da lei penal”.

Léo Índio responde a processo no STF por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Segundo o órgão, ele produziu provas contra si mesmo em postagens nas redes sociais e participava de grupos de WhatsApp que organizavam o atentado contra a posse de Lula.

Foto:

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados