Sâmia Bomfim denuncia Eduardo Bolsonaro à PGR por envolvimento em sanções dos EUA e ataques à soberania nacional
A deputada do PSOL/SP solicita que o procurador-geral, Paulo Gonet, apure a responsabilização penal e cível de Eduardo, e a possibilidade de inclusão dos novos fatos no inquérito que já tramita no STF
11 jul 2025, 10:24 Tempo de leitura: 1 minuto, 20 segundos
Após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL/SP) protocolou uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de inquérito para apurar possíveis atos conspiratórios praticados por Eduardo Bolsonaro (PL/SP), que atentariam contra a soberania nacional.
A deputada solicita que o procurador-geral, Paulo Gonet, apure não apenas a responsabilização penal e cível de Eduardo, como também a possibilidade de inclusão dos novos fatos no inquérito que já tramita no Supremo Tribunal Federal. Esse inquérito investiga a estadia de Eduardo nos EUA e apura sua suposta participação em crimes como coação, obstrução de investigações e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Na notícia-crime, Sâmia destaca que as declarações de Trump têm como base uma “narrativa fantasiosa e politicamente motivada”, que busca constranger as instituições brasileiras, pressionar os Poderes Executivo e Judiciário e fortalecer a extrema-direita brasileira no exterior.
Ela também aponta que Eduardo Bolsonaro vem atuando de forma reiterada contra os interesses nacionais: participou de encontros com líderes da extrema-direita norte-americana, difundiu desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro e chegou a antecipar o anúncio de sanções econômicas dos EUA, que só depois foram formalizadas por Trump.
“Se comprovados os crimes, pedimos também que a Justiça Eleitoral tome providências para que ele (Eduardo Bolsonaro) fique inelegível”, adiantou Sâmia.