PSOL vai levar ao Colégio de Líderes debate sobre cassação de Brazão
Chiquinho Brazão é apontado como um dos mandantes da morte da vereadora do Rio Marielle Franco [matéria do Metrópoles]
4 fev 2025, 11:48 Tempo de leitura: 2 minutos, 15 segundos
O PSOL deverá levar a próxima reunião de líderes, na quarta-feira (5/2), um pedido para que a cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) seja pautada no plenário da Câmara dos Deputados.
Entenda o caso
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados em 2018, no Centro do Rio de Janeiro.
Em 2024, a Polícia Federal (PF) prendeu Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa por envolvimento no crime.
Chiquinho Brazão pode perder o cargo de deputado federal, mas ainda aguarda deliberação no plenário da Câmara.
A cassação de Brazão foi discutida pelo Conselho de Ética da Casa Legislativa e teve um recurso da defesa rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Dessa forma, o tema está pronto para ser votado na Câmara.
Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, deixou a cassação de Brazão na gaveta. E, agora, o sucessor do líder alagoano, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidirá se irá ou não pautar o tema.
Chiquinho Brazão foi preso em março de 2024, no Rio de Janeiro. No final do ano passado, a defesa do deputado pediu que ele fosse colocado em prisão domiciliar, no entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) discordou.
Hugo Motta realizou a primeira reunião de líderes nesta segunda-feira (3/2), onde foram debatidos como será o ritmo adotado na Casa Legislativa durante a gestão dele e as pautas que irão a votação na próxima semana.
Estrutura de gabinete de Brazão segue mantida e custando à Câmara
Para a líder da bancada do PSOL Talíria Petrone, pautar a cassação de Brazão é um compromisso com a democracia:
“Há mais de seis anos esperamos por justiça. O assassinato de Marielle Franco foi um golpe fortíssimo na democracia. Responsabilizar de forma plena os mandantes dessa execução é uma tarefa da democracia brasileira. Nesse sentido, tenho muita expectativa que o novo presidente Hugo Motta dê celeridade à cassação de Chiquinho Brazão. Não é aceitável que o deputado acusado de mandar matar uma vereadora permaneça como representante político do povo brasileiro. O relatório do processo decidiu pela cassação, mas até hoje, fevereiro 2025, não foi pautado. Enquanto isso, toda a estrutura do mandato segue mantida: assessores, benefícios, apartamento funcional – o que já soma mais de R$1 milhão à Câmara ao longo desses 11 meses”, ressaltou a parlamentar.
Foto Renan Olaz / Câmara Rio