PSOL quer empenho da PGR no desaparecimento de jornalista e indigenista no Amazonas

Em ofício protocolado na tarde de hoje, parlamentares solicitam providências imediatas em relação ao desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal Guardian, e do indigenista Bruno Pereira, membro da Unijava e servidor em licença da Funai

6 jun 2022, 18:32 Tempo de leitura: 1 minuto, 30 segundos
PSOL quer empenho da PGR no desaparecimento de jornalista e indigenista no Amazonas

No documento, a bancada do PSOL na Câmara pede que a Procuradoria Geral da República acompanhe e monitore todas as investigações iniciadas pela Funai, Polícia Federal, Ministério Público Federal no Estado do Amazonas e demais autoridades competentes

“A escalada na violência no norte do país não é novidade: em 2021, garimpeiros atiraram contra policiais federais, quando agentes estavam na Terra Yanomami para levantar informações sobre o conflito armado registrado na comunidade – tal conflito, é importante lembrar, resultou na morte de três garimpeiros e cinco feridos, além de um indígena baleado de raspão na cabeça”, ressalta um dos trechos do ofício protocolado na tarde desta segunda-feira (6/6).

“Diante do preocupante desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, estamos protocolando esse ofício exigindo o acompanhamento das investigações iniciadas pela Funai, PF e MPF/AM. Os dois já haviam sido alvo de ameaças por conta da produção de reportagens no Vale do Javari, território indígena, no Amazonas. Até agora Bolsonaro não se manifestou sobre o grave caso. É urgente que o Estado brasileiro aja logo. Esperamos resposta rápida e todo o empenho do governo para encontrá-los com vida”, declarou a líder da bancada na Câmara, deputada Sâmia Bomfim.

Phillips e Pereira desapareceram após fazerem uma pausa, no domingo, numa comunidade ribeirinha, quando estavam fora da terra indígena e voltavam para a cidade de Atalaia do Norte, a principal da região, no oeste do Amazonas. A associação indígena do Vale do Javari (Unijava) e o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (OPI) dizem que a equipe recebeu “ameaças em campo” durante a visita.

Imagem: Reprodução