PSOL quer Conselho de Ética para Gustavo Gayer

A partir de articulação da deputada federal Talíria Petrone, bancada entrou com uma representação contra o parlamentar bolsonarista por ofensas racistas contra africanos

29 jun 2023, 18:23 Tempo de leitura: 1 minuto, 33 segundos
PSOL quer Conselho de Ética para Gustavo Gayer

O PSOL, a partir de uma articulação da a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), entrou com uma representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pedindo a abertura de um processo disciplinar e a consequente cassação do mandato do deputado Gustavo Gayer (PL-GO), do mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O motivo da representação é a declaração do parlamentar durante sua participação no Podcast Três Irmãos. Na ocasião, ele afirmou que brasileiros e africanos são burros; de pouca capacidade cognitiva e de baixo QI. No meio da conversa ele e os demais participantes ainda compararam o QI das pessoas com o de um macaco.

Para a deputada Talíria Petrone, é inadmissível que qualquer pessoa faça uma declaração racista e preconceituosa como essa, sobretudo um deputado que deveria defender os interesses do povo. “Um parlamentar que faz esse tipo de declaração não pode ocupar um cargo no Parlamento. Isso tem nome e é racismo científico. Inaceitável uma postura como essa, que ainda propaga o discurso de ódio e o preconceito. Fica mais evidente o nosso desafio de derrotar o bolsonarismo e seus representantes fascistas e racistas no Congresso Nacional. Queremos a imediata abertura de processo disciplinar e a consequente cassação de Gustavo Gayer”, destacou a parlamentar.

Na avaliação do presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, trata-se de uma fala absurda, racista e grosseira. “Mais uma vez um integrante da bancada conservadora se mostra racista. Anteriormente, Marco Feliciano havia atribuído problemas da África, causados pelo colonialismo europeu, a uma maldição divina. Esse tipo de posicionamento deve ser coibido e punido. Não há discussão para relativizar declarações racistas”, pontua o dirigente nacional.

FOTOS: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados e MyKe Sena/Câmara dos Deputados