PSOL protocola representação no Conselho de Ética pedindo cassação de Carla Zambelli por incentivo a militar para adesão ao plano golpista
Partido se baseia no artigo 55 da Constituição e no Código de Ética da Câmara
16 dez 2024, 14:56 Tempo de leitura: 1 minuto, 0 segundosO Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) apresenta, nesta segunda-feira (16.12), no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, uma representação por quebra de decoro parlamentar contra a deputada Carla Zambelli (PL/SP). O documento, assinado pela presidenta nacional do PSOL, Paula Coradi, e pela bancada federal do partido, denuncia a parlamentar por suposta participação em plano golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros das Forças Armadas.
A representação aponta que Zambelli teria pressionado o então comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, em 22 de dezembro de 2022, para que ele aderisse ao plano golpista. O caso foi citado no relatório da Polícia Federal e integra as investigações da Operação Contragolpe, deflagrada pelo STF.
O PSOL pede a cassação do mandato de Zambelli com base no artigo 55 da Constituição Federal e no Código de Ética da Câmara dos Deputados, argumentando que a conduta da deputada configura grave violação aos princípios democráticos e ao decoro parlamentar.
“Quem pressiona chefe das forças armadas pra cometer golpe não pode estar na Câmara dos Deputados”, afirma o deputado Ivan Valente.
Foto: Lula Marques/EBC