PSOL pede cassação de Pazuello e Ramagem no Conselho de Ética
Ambos foram indiciados pela Polícia Federal no encerramento das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, sob o governo de Jair Bolsonaro
21 nov 2024, 17:43 Tempo de leitura: 1 minuto, 49 segundosA Bancada do PSOL na Câmara está neste momento entrando com o pedido de cassação dos deputados federais Alexandre Ramagem e Eduardo Pazuello (ambos do PL-RJ) por causa dos indiciamentos feitos pela Polícia Federal no encerramento das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, sob o governo de Jair Bolsonaro.
Alista de indiciados inclui Ramagem, que foi diretor geral da Abin, e um ex-assessor de Pazuello, o general da reserva Mário Fernandes. O pedido ao Conselho de Ética aponta quebra de decoro de ambos. Ramagem, até então, é o único parlamentar indiciado no inquérito do golpe. No caso de Pazuello, se justifica por ele ter abrigado em seu gabinete o investigado.
Para os parlamentares a permanência dos membros do PL na Câmara ficou insustentável. Ramagem, coincidentemente, é um dos membros titulares do Conselho de Ética.
Para a líder do PSOL na Câmara, deputada Erika Hilton, os dois mandatos “estão diretamente ligados à tentativa golpista contra nosso próprio país”.
“É inconcebível que o Congresso Nacional Sirva de abrigo e remunere todos os meses com dinheiro público pessoas envolvidas em uma tentativa de golpe de Estado que incluía até mesmo o assassinato do presidente da República, do vice-presidente e de um ministro do Supremo”, ressalta Erika.
A presidenta nacional do PSOL, Paula Coradi, também enfatizou a importância de representar no Conselho de Ética: “Golpistas não devem ter anistia e muito menos foro privilegiado. Atentar contra a democracia é algo que não tem compatibilidade com a atividade parlamentar. Por isso, os deputados envolvidos com a tentativa de golpe precisam ter seus mandatos cassados e responder pelos seus crimes”
A Cassação de Ramagem já era um pleito antigo da bancada da Federação PSOL – Rede. Os deputados cobraram, em julho, do presidente da Casa, Arthur Lira, providências para tramitar uma representação protocolada desde abril contra o ex-diretor-geral, que não chegou a ser acatada pelo conselho. O pedido tinha como base o fato de Ramagem ser investigado pela PF no caso da Abin paralela.
[Com informações de Monica Bergamo – FSP]
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