PSOL pede ao Ministério Público que investigue novas denúncias de compra de votos na reforma da Previdência
Fatos relatados por deputado bolsonarista comprovam que o governo federal utilizou o orçamento público como barganha para conseguir os votos para aprovação da reforma.
25 nov 2021, 11:45 Tempo de leitura: 1 minuto, 20 segundosA bancada do PSOL solicitou ao Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) que as novas denúncias sobre compra de votos na votação da reforma da Previdência sejam incluídas no inquérito que tramita no órgão. O aditamento à representação foi protocolado na quarta, 24.
No último sábado, dia 20, o deputado bolsonarista, delegado Waldir, disse ao The InterceptBr que, “ao votar a favor da reforma da Previdência, em 2019, cada parlamentar teria direito a R$ 20 milhões em recursos do governo federal, e que ele, por ser líder do PSL, levaria o dobro.” A votação da reforma da Previdência no Congresso Nacional aconteceu entre julho e outubro de 2019.
Em julho daquele ano, o PSOL protocolou representação no MPD-DF para apurar a compra de votos de deputados/as com a liberação de emendas parlamentares para aprovação da reforma da Previdência. Em janeiro de 2021, o Ministério Público abriu inquérito civil contra o presidente Jair Bolsonaro, o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, envolvidos no esquema.
Agora, os novos fatos relatados pelo deputado bolsonarista comprovam que o governo federal utilizou o orçamento público como barganha para conseguir os votos para aprovação da reforma.
No início de novembro, o Supremo Tribunal Federal suspendeu as chamadas emendas de relator, as RP9 que compõem o orçamento secreto, depois de quase seis meses que a imprensa revelou o esquema e da ação da bancada do PSOL.