Pastor Henrique Vieira: “Coragem e ternura, rebeldia e poesia é o que aprendi com Marighella e levo para a vida política”

Nesta semana completam-se 55 anos do assassinato do líder revolucionário baiano que lutou contra a ditadura

5 nov 2024, 13:33 Tempo de leitura: 2 minutos, 6 segundos
Pastor Henrique Vieira: “Coragem e ternura, rebeldia e poesia é o que aprendi com Marighella e levo para a vida política”

O baiano Carlos Marighella (1911-1969) foi o principal nome da guerrilha comunista no Brasil durante o Regime Militar (1964-1985), tendo sido considerado o inimigo número um do país, muito pela sua atuação na Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo fundado por ele.

O Deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) atuou no filme Marighella, dirigido por Wagner Moura, interpretando um frade dominicano brasileiro, que lutou contra a ditadura militar (1964-1985) e foi torturado.

O parlamentar reforça que a vida de Marighella tem que ser sempre lembrada e homenageada, “um homem que foi preso por duas ditaduras, um amante da liberdade, da democracia, do socialismo, como declaração de amor, da humanidade, do enfrentamento e superação da injustiça, da exploração, da miséria, da fome. Um brasileiro nordestino, homem negro, enfim, que figura histórica foi o intelectual e militante Carlos Marighella”, defende o deputado.

Para seu mandato parlamentar, pastor Henrique destaca a trajetória de Carlos Marighella como inspiração pra política.

“A coragem dele e a poesia dele, porque ele era corajoso para enfrentar, por exemplo, duas ditaduras, mas ele era um poeta. Ele tinha a ternura na alma. Então eu procuro dentro de Brasília ter coragem para jamais recuar diante da extrema direita, até mesmo de alguns fascistas que existem ali como deputados, uma barbárie. Então, é preciso ter coragem.

Mas eu procuro não endurecer a alma, não ficar com o meu coração de pedra. Eu procuro ter força e ternura nas palavras, até para enfrentar, por um lado, a extrema direita e, por outro, dialogar com o nosso povo.

Essa coragem com ternura e essa poesia com força política, essa rebeldia que, ao mesmo tempo, não vai para um lugar apenas, sei lá, de dureza. Essa síntese entre coragem e ternura, entre rebeldia e poesia, é alguma coisa que eu aprendo com Marighella, tento atualizar na minha vida, na minha militância e nos corredores de Brasília.

A política é o espaço da coletividade, da luta pelo bem comum, do enfrentamento às injustiças, é onde se define recurso, orçamento, política pública, economia, investimentos em educação, saúde, assistência, segurança, meio ambiente. Política é a dimensão coletiva da vida que determina, objetivamente, como vai ser, como funciona a nossa sociedade.

Nesse sentido, a política é própria da vida, é por meio da política que a gente pode transformar a sociedade para o bem das pessoas.”