Pastor Henrique Vieira cobra ações do MP RJ e dos Correios contra crime organizado no Rio
Deputado pede investigações sobre vazamento de informação, interferência de políticos e negligência de serviço público no caso do traficante Peixão
28 mar 2025, 15:06 Tempo de leitura: 1 minuto, 36 segundos
O mandato do deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) protocolou dois ofícios exigindo providências diante de graves denúncias envolvendo o crime organizado no Rio de Janeiro. O parlamentar, que é membro da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, acionou o Ministério Público e os Correios, questionando a relação entre políticos, serviços públicos e tráfico.
Vieira cobrou do Ministério Público Estadual a apuração sobre a suspeita da interferência política que teria atrasado, por mais de um ano, a demolição de um luxuoso “resort” construído pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, no Complexo de Israel, Zona Norte do Rio. De acordo com reportagem do jornal O Globo, operações planejadas para derrubar o imóvel foram canceladas ao menos duas vezes devido a vazamento de informações e interferência de parlamentares. “Os fatos são graves e merecem atenção redobrada. É inadmissível que políticos sejam coniventes com o crime organizado”, afirmou Henrique.
Já no segundo ofício, o deputado solicita explicações aos Correios após a revelação de um esquema de entrega de armas pesadas, como fuzis, granadas e drones de guerra, compradas pela internet e utilizadas por facções criminosas. O caso, também ligado ao traficante Peixão, foi alvo de operação da Polícia Federal. O parlamentar questiona quais protocolos estão em vigor para coibir o uso do sistema postal por organizações ilegais e exige medidas de segurança mais rigorosas para impedir o tráfico de armamentos pelo país.
“O crime organizado não pode continuar se aproveitando da estrutura do Estado para expandir seu poder e armamento. Vamos seguir cobrando investigação, transparência e ação firme do poder público”, concluiu o parlamentar.
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados