Na quinta-feira (25/05), a deputada federal Professora Luciene Cavalcante realizou uma audiência pública com a comunidade escolar para debater os caminhos para a revogação do Novo Ensino Médio. Foi um espaço para alunos e educadores, que enfrentam diariamente na pele os desafios da educação pública, expressarem as dificuldades da proposta.
O evento foi convocado na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo com apoio do deputado estadual Carlos Giannazi e do vereador Celso Giannazi.
“É importante trazer esse debate para mais perto das pessoas mais impactadas por essa reforma. Por isso, nós montamos essa mesa que tem a representação dos profissionais da educação e também dos estudantes”, ressaltou Luciene Cavalcante.
“Hoje vocês vão ter uma aula diferente, uma aula aqui na Alesp, conhecendo esse espaço, conhecendo essa dinâmica e tendo um tempo qualificado para pensar nessa política que impacta diretamente a vida de cada um dos nossos estudantes do ensino médio e também revela uma ideia de estado, de país que certamente não é a ideia que eu pessoalmente defendo. Mas é muito importante a gente exercer a democracia, ouvir diferentes opiniões”, completou a deputada.
Estiveram presentes na mesa representantes da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, da Associação dos Professores de Filosofia do Brasil, Universidade Federal do ABC, da rede estadual de ensino e do movimento estudantil. Muitos estudantes e docentes presentes expuseram suas preocupações sobre os impactos da reforma, como a ampliação de desigualdades sociais, limitação do acesso às instituições públicas de ensino e precarização da educação pública no país.
Para frear esse ataque ao ensino público de qualidade, a deputada Luciene Cavalcante assinou, junto com colegas da bancada federal, o PDL 78/23 que revoga o cronograma de implementação do Novo Ensino Médio. Trata-se de uma reforma amplamente rechaçada por entidades estudantis, associações científicas, sindicatos de docentes e movimentos sociais, construída de forma autoritária e sem levar em conta a realidade das escolas públicas.