Erika Hilton

Erika Hilton (PSOL/SP) é a primeira deputada federal negra e trans a ser eleita para o Congresso Nacional brasileiro. Ativista pelos direitos humanos e pelas pautas de maiorias sociais minorizadas, como pessoas negras, mulheres, as populações LGTBQIA+, em situação de rua e da juventude, Erika é natural de Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo, e teve longa militância no interior paulista, iniciada na luta pelo nome social no transporte público em Itu (SP) e região e junto às universidades públicas, federal e estadual, na cidade de São Carlos (SP).

Na Câmara dos Deputados, apenas a partir de 2023, Erika assume a liderança da bancada de Deputadas da Federação PSOL / Rede Sustentabilidade com breve mas extenso currículo atuando no Parlamento federal. Foi vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Igualdade Racial; membra da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a tentativa de Golpe de Estado em 8 de Janeiro de 2023, ao lado do deputado Pastor Henrique Vieira (PSOSL/RJ); vice-líder do deputado Guilherme Boulos (PSOL/SP); além de ter aprovado três projetos de lei: a “Política Nacional de Trabalho Digno e Cidadania para a População em Situação de Rua”, sancionado pelo presidente Lula, que criou programa nacional de apoio intersetorial e global para essa população, crescente em todo o país; o projeto “Cidades Resilientes”, que determina que todos os municípios brasileiros devem, a partir de seus planos diretores, adaptar-se e proteger suas populações mais vulneráveis dos eventos climáticos extremos, como chuvas, alagamentos, desmoronamentos, ondas de calor e de frio intensos; e o Projeto Mães na Ciência, que veda a discriminação negativa de gestantes e parturientes em processos de seleção de bolsas para graduação, mestrado e doutorado, incentivando a qualificação dos programas de produção científica para garantir a presença de mulheres e mães nas mais diversas áreas da ciência. Ele foi construído e aprovado com as deputadas Professora Luciene Cavalcante (PSOL/SP), Célia Xakriabá (PSOL/MG), Luiza Erundina (PSOL/SP) e Talíria Petrone (PSOL/RJ).

Erika preside a Frente Parlamentar em Defesa da Cidadania e Direitos LGBTI+ do Congresso Nacional, compõe e apoia mais de cem outras frentes de trabalho que visam garantir legislações progressistas e atuará para defender os direitos sociais conquistados, como o casamento igualitário, além de ajudar a fazer avançar pautas historicamente marginalizadas pela política nacional, direitos específicos de populações que nunca foram contempladas com políticas públicas, leis, como as mulheres negras, trabalhadores informais, precarizados, em vulnerabilidade econômica e social, pessoas trans e travestis, a comunidade LGBTQIA+ no geral, povos indígenas e quilombolas.

Como vereadora mais bem votada de todo país em 2020, Erika aprovou e conseguiu a sanção do Fundo Municipal de Combate à fome, em São Paulo; presidiu por duas vezes a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo, tendo produzido extenso e noticiado relatório de violação de direitos humanos de pessoas em situação de rua pela prefeitura de São Paulo, encabeçada por Ricardo Nunes, e desde então trabalha com a fiscalização dos contratos e serviços prestados na maior e mais rica cidade da América do Sul e em que a crescente da vulnerabilidade social extrema, da fome e da falta de moradia atinge seus níveis mais extremos e contraditórios. Durante sua permanência na Câmara de São Paulo, Erika Hilton também presidiu a primeira Comissão Parlamentar de Inquérito responsável por investigar causas e consequências das violências praticadas contra pessoas trans e travestis, nos equipamentos públicos de saúde, de educação, assistência e nos ambientes de trabalho.

Erika Hilton foi nomeada duas vezes como uma das pessoas mais influentes do mundo na revista norte-americana Time, como uma das cinco ativistas LGBTQIA+ de maior impacto no planeta, pelo Prêmio “Generation Change” da MTV Awards e uma das pessoas afrodescendentes de maior alcance e referência, pela MIPAD – ONU. No Parlamento e fora dele, como os movimentos sociais vem desenvolvendo uma série de debates, políticas e ações que se tornaram inspiração para documentários, filmes e dezenas de outros prêmios de organizações brasileiras, latinoamericanas e de outros continentes.