Ivan Valente cobra prefeitura e aciona ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos em defesa de projeto social do ABC paulista

Projeto Meninos e Meninas de Rua de São Bernardo do Campo está sob ameaça de despejo, pois o prefeito da cidade, Orlando Morando, abriu uma guerra contra a entidade e quer, de qualquer maneira, expulsar o movimento da sede que ocupa desde os anos 90

24 ago 2023, 18:15 Tempo de leitura: 1 minuto, 50 segundos
Ivan Valente cobra prefeitura e aciona ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos em defesa de projeto social do ABC paulista

O deputado federal Ivan Valente (SP) encaminhou ofício à prefeitura da cidade de São Bernardo do Campo questionando a falta de resposta a uma recomendação do Conselho Nacional dos Direitos Humanos para que o prefeito Orlando Morando institua a Mesa de Negociação e Mediação de Conflitos com o projeto Meninos e Meninas de Rua, com participação do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), da Diretoria de Promoção dos Direitos da População de Rua do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.


“O Projeto Meninos e Meninas de Rua de São Bernardo do Campo está sob ameaça de despejo. O prefeito da cidade, Orlando Morando, abriu uma guerra contra a entidade e quer, de qualquer maneira, expulsar o movimento da sede que ocupa desde os anos 90”, afirmou o deputado.

Denunciado na ONU por prática de racismo e responsável por uma política de despejos que desalojou centenas de famílias, inclusive durante a pandemia, Orlando Morando, ao atacar o Projeto, insiste em uma política higienista que quer tornar o centro da cidade um território inacessível para população negra e moradora das periferias da cidade.
Ainda no sentido de chamar atenção para a importância do tema, Ivan Valente mandou ofícios para os Ministérios da Igualdade Racial (MIR) e dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) solicitando a visita dos respectivos ministros Anielle Franco e Silvio Almeida à sede do projeto.

O movimento em defesa do projeto vem contando com a solidariedade e o apoio de personalidades e entidades em todo o Brasil, mas a prefeitura de São Bernardo do Campo continua “surda”, a ponto de ignorar e nem mesmo responder o ofício do Conselho Nacional de Direitos Humanos.
O projeto atualmente atende mais de 600 famílias todos os anos, desenvolvendo projetos de esporte, oficinas profissionalizantes, cozinha solidária entre outras atividades sociais e culturais. Além disso, é um espaço de resistência e afirmação cultural de negras e negros.

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados