Ivan Valente alerta para tentativa da extrema direita de anistiar Bolsonaro

O deputado do PSOL criticou a iniciativa de parlamentares de extrema direita de tentar aprovar uma anistia geral para todos que participaram de atos que atentaram contra a democracia, além do 8 de Janeiro

13 set 2024, 09:57 Tempo de leitura: 1 minuto, 29 segundos
Ivan Valente alerta para tentativa da extrema direita de anistiar Bolsonaro

O deputado federal Ivan Valente (SP) chama atenção, com enorme indignação, que – em meio às queimadas que devastam o país – a Câmara vem discutindo anistia aos golpistas do 8 de Janeiro. O bolsonarismo tem um apreço especial pela destruição e tentou aprovar ainda esta semana, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a admissibilidade da proposta absurda de anistia a quem agrediu a democracia.

“Foi possível, momentaneamente, barrar a pauta, mas não podemos abaixar a guarda, cientes de que a movimentação bolsonarista continua. Deveria haver agora no Congresso um consenso pela sensibilidade com um país em chamas. Deveriam ser priorizadas soluções emergenciais para as queimadas, mas o negacionismo ambiental soma-se ao viés golpista dos que insistem em afrontar o Supremo Tribunal Federal (STF), na esteira de mais um 7 de setembro. As hordas bolsonaristas mais uma vez passaram ridículo no último domingo, felizmente com presença nas ruas quatro vezes menor que a do ato afrontoso de fevereiro deste ano”, afirma o parlamentar do PSOL.

Mesmo que com vísivel dificuldade de mobilização, e com tantas outras questões prementes, parlamentares de extrema-direita tiveram a cara de pau de dizer que não há maior clamor no Brasil do que a “pacificação” por meio da anistia aos criminosos de 8 de Janeiro de 2023. “Não abandonam o desejo de abrir brechas para depois anistiar Bolsonaro e reabilitá-lo para a eleição, o que é completamente inaceitável. Bolsonaro e sua quadrilha precisam responder por seus crimes, não só os ataques à democracia como o genocídio na pandemia, o roubo das joias, entre tantas outras atividades ilícitas de sua passagem delinquente pela presidência”, conclui.

Foto: Câmara dos Deputados / Mário Agra