General Heleno alega problema de saúde para faltar a reunião na Câmara e dep. Ivan Valente protocola novo requerimento de convocação para ser aprovado amanhã (23.11)

O militar havia se comprometido a prestar esclarecimentos na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle sobre interferências da Agência Brasileira de Inteligência em investigação da Polícia Federal sobre Jair Renan Bolsonaro

22 nov 2022, 15:19 Tempo de leitura: 1 minuto, 29 segundos
General Heleno alega problema de saúde para faltar a reunião na Câmara e dep. Ivan Valente protocola novo requerimento de convocação para ser aprovado amanhã (23.11)

Um novo Requerimento de Convocação deve ser protocolado pelo deputado Ivan Valente (PSOL/SP) ainda nesta terça para que o general Augusto Heleno compareça à audiência em que deveria prestar esclarecimentos acerca das interferências, por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), na investigação conduzida pela Polícia Federal envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente da República. O primeiro requerimento também foi de Ivan.

Pouco antes do horário marcado, o chefe da SGI alegou “problemas de saúde” para faltar à reunião, que aconteceria hoje (22.11), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. O cancelamento da vinda do general é uma quebra de acordo por parte do governo. Normalmente os requerimentos de convocação são transformados em convites, mas, nesse caso, deve ser mantido como convocação do ministro mesmo.

Reportagem do jornal O Globo, de 30 de agosto, destacou que a Polícia Federal afirmou em um relatório que a Abin atrapalhou o andamento de uma investigação envolvendo Jair Renan Bolsonaro. “Integrante do órgão, flagrado numa operação, admitiu em depoimento que recebeu a missão de levantar informações de um episódio relacionado a Jair Renan, sob apuração de um inquérito da PF. Segundo o espião, o objetivo era prevenir ‘riscos à imagem’ do chefe do Poder Executivo”, afirmou Valente, à época. 

A operação da Abin ocorreu em 16 de março do ano passado, quatro dias após o filho do presidente e o seu preparador físico Allan Lucena se tornarem alvos de uma investigação. A dupla seria suspeita de abrir as portas do governo para um empresário interessado em receber recursos públicos.

Foto: Sérgio Lima/Poder360