Fernanda Melchionna representa contra Telegram no MPF por abuso de poder econômico

"O Telegram, que acobertou conteúdos violentos e neonazistas, encampa uma campanha baixa e mentirosa sobre o PL 2630", afirma a deputada

10 maio 2023, 11:29 Tempo de leitura: 1 minuto, 32 segundos
Fernanda Melchionna representa contra Telegram no MPF por abuso de poder econômico

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) representou, nesta terça-feira (09/05), contra o Telegram no Ministério Público Federal por abuso de poder econômico. A ação foi motivada por uma mensagem, disparada em massa, para todos os usuários do Brasil, com informações falsas sobre o PL 2630, que prevê a regulação das redes sociais.

A mensagem enviada pelo Telegram aos usuários inicia: “O Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão. O PL 2630/2020 dá ao governo poderes de censura sem supervisão judicial técnica”. A informação é falsa.

“Embora a participação de diferentes atores no debate público acerca de matérias em tramitação no Congresso Nacional seja importante, parece nítido que as ações de Google e Telegram extrapolam a mera contribuição. Ao invés, as big techs estão ativamente atuando para direcionar a opinião pública aos seus interesses, tentando controlar o ambiente de discussão de uma matéria tão importante através de seu enorme poderio econômico”, destaca o requerimento.

A parlamentar solicita a abertura de uma investigação acerca das ações do Telegram sobre o PL 2630 no que diz respeito a eventual abuso de poder econômico e interferência em assuntos de interesse nacional e nas decisões do Parlamento brasileiro.

“Da mesma forma como fez o Google, agora o Telegram, que acobertou conteúdos violentos e neonazistas, encampa uma campanha baixa e mentirosa sobre o PL 2630. Não vamos deixar que as Big Tech tentem induzir a opinião pública utilizando, deliberadamente, desinformação para interferir na decisão do Parlamento brasileiro, a fim de preservar seus interesses comerciais bilionários. É claramente abuso de poder econômico”, afirma Fernanda.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados