Federação PSOL-Rede protocola representações contra senadores que atacaram Marina Silva

O mundo respeita a ministra Marina pelo seu trabalho incansável na luta pelo meio ambiente ,e nós exigimos que o Congresso Nacional também a respeite”, afirma a líder Talíria Petrone

30 maio 2025, 12:45 Tempo de leitura: 2 minutos, 9 segundos
Federação PSOL-Rede protocola representações contra senadores que atacaram Marina Silva

A Federação PSOL-Rede protocolou na quinta-feira, 29/05, no Conselho de Ética do Senado representações contra os senadores Marcos Rogério e Plínio Valério devido as agressões feitas por eles contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Marina se retirou da audiência pública da qual participava na forma de convidada.

Para a Federação, Rogério e Valério cometeram gravíssimas violações à Constituição Federal, ao Código de Ética do Senado e ao ordenamento jurídico, “de forma machista, misógina, ilegal e abusiva – e de modo incompatível ao decoro parlamentar”.

As representações citam o artigo 55 da Constituição, os artigos 7 e 11 do Código de Ética e a Lei 14.192/ 2021, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher.

“O Brasil respeita a ministra Marina Silva por tudo que ela tem feito pela causa ambiental, o mundo respeita a ministra Marina Silva pelo seu trabalho incansável na luta pelo meio ambiente, e nós exigimos que o Congresso Nacional também a respeite”, afirma a líder da Federação PSOL-Rede, Talíria Petrone.

A ministra Marina Silva compareceu à Comissão de Infraestrutura do Senado, presidida por Marcos Rogério, para falar de assuntos diversos. No entanto, o que aconteceu foi uma série de agressões, violência política de gênero e de raça travestida de senadores. Marcos Rogério (PL-RO), que já havia desligado o microfone de Marina diversas vezes, disse que ela tinha que se “pôr no seu lugar”. Plínio Valério, que em março afirmou que tinha “vontade de enforcá-la”, falou que era preciso separar “a mulher da ministra” e que “a mulher merece respeito, a ministra, não”. Isto é só uma parte dos sucessivos ataques contra Marina Silva.

“Eu não posso aceitar que alguém me diga qual é o meu lugar. Meu lugar é o da defesa da democracia, do meio ambiente, da luta contra a desigualdade, da proteção da biodiversidade e da promoção da infraestrutura necessária ao país”, afirmou Marina, após deixar a audiência.

Para a presidente do PSOL, Paula Coradi, os agressores não podem ficar impunes. “Marina Silva foi desrespeitada de forma misógina por ruralistas e bolsonaristas. A violência política de gênero e raça não pode ser normalizada. Marina tem uma vida dedicada à defesa do meio ambiente e merece respeito. Por isso, ingressamos com essa representação contra os agressores. Eles não podem ficar impunes”.