Erika Hilton presidirá comissão que debaterá o fim da escala 6×1 na Comissão de Trabalho da Câmara

A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados instalou, na manhã da quarta-feira (07.05), uma comissão especial dedicada ao debate sobre o fim da escala 6×1 e a construção de uma nova jornada de trabalho no Brasil. A subcomissão será presidida pela deputada federal Erika Hilton (SP), autora da Proposta de Emenda à Constituição que propõe a jornada de 36 horas semanais e o fim da escala de trabalho 6×1.

Estão previstas discussões sobre experiências internacionais de redução da jornada, impactos econômicos em produtividade e empregabilidade, escuta de representantes de trabalhadores e empregadores de diversos setores, além da proposição de um modelo de transição responsável e viável para o Brasil.

Serão realizadas audiências públicas temáticas, seminários regionais pelo território brasileiro e reuniões técnicas com juristas, pesquisadores, entidades sindicais e empresariais. O objetivo é consolidar pareceres técnicos e políticos pata impulsionar o debate público sobre o tema.

Para Erika Hilton, a instalação da subcomissão será um marco importante na luta por dignidade e justiça para a classe trabalhadora: “Estamos diante de uma das mais urgentes e transformadoras pautas do mundo do trabalho. O modelo 6×1 adoece, precariza e retira da classe trabalhadora o direito ao convívio social e ao descanso. Nossa tarefa é atualizar a legislação brasileira, levando em conta as mudanças no mercado de trabalho, as experiências internacionais e a centralidade da dignidade humana.”

O deputado Leo Prates (PDT/BA), presidente da Comissão de Trabalho, destacou a importância da escolha de Erika para a presidência da subcomissão: “É uma honra ter a deputada Erika Hilton presidindo a subcomissão que irá debater o fim da escala 6×1 na Comissão de Trabalho. E nada mais coerente, já que ela é a protagonista dessa bandeira no Congresso. Ela e sua equipe nos ajudarão a formatar uma proposta constitucional que irá atender a trabalhadores e empregadores dentro do que há de mais moderno nas relações trabalhistas mundiais”.

Foto: Matheus Itacaramby/MTE