Erika Hilton entra com processo para proibir governo de SP bancar hospedagem de Bolsonaro com dinheiro público

Estadias não têm caráter oficial e atendem aos interesses particulares do ex-presidente e de Tarcísio de Freitas

1 mar 2024, 12:29 Tempo de leitura: 1 minuto, 41 segundos
Erika Hilton entra com processo para proibir governo de SP bancar hospedagem de Bolsonaro com dinheiro público

A líder da bancada do PSOL, Deputada Federal Erika Hilton, juntamente com a ativista Amanda Paschoal, entrou com processo para encerrar as estadias de Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes.

O Palácio dos Bandeirantes é um prédio público e a estadia de Bolsonaro representa gasto injustificado do governo do Estado. O ex presidente, além de ser investigado por tentar um golpe contra a democracia, recebe R$41,6 mil por mês de salário do partido.

“O lugar de Bolsonaro não é em um prédio do poder público de São Paulo”, diz Hilton. Segundo a líder, ele tem plenas condições de arcar com os custos de suas viagens, em especial durante eventos de cunho personalíssimo, como manifestações de natureza político-partidária, “que absolutamente nada tem a ver com o interesse público dos cidadãos paulistas”, ressalta a deputada.

Essa também não é a primeira vez que Tarcísio de Freitas o hospeda sem justificativa. Em setembro do ano passado, ao hospedá-lo no Palácio dos Bandeirantes, edifício-sede da administração de São Paulo, o governador Tarcísio também tratou os gastos com essas visitas como sem função pública, em sigilo, alegando “privacidade”, quando questionado via Lei de Acesso à Informação. Agora, no período da manifestação bolsonarista, o governador repete a “cortesia”.

“Essas estadias de Bolsonaro não têm caráter oficial e violam o princípio da impessoalidade do governo do Estado de São Paulo, geram despesas que não atendem ao interesse público e sim aos interesses particulares e eleitorais de Bolsonaro e Tarcísio”, destaca Erika Hilton.

À justiça de SP, em medida cautelar, Erica e Amanda, pedem a proibição de hospedagem de convidados no Palácio dos Bandeirantes sem agenda oficial, mesmo que sejam amigos do governador. E que seja apresentado um relatório detalhado de todas as estadias no Palácio dos Bandeirantes desde 1º de janeiro de 2023.

Foto: Clarice Lissovsky