Erika Hilton aciona STF e PGR contra Eduardo Bolsonaro por conspiração internacional contra o Brasil
"É inadmissível que um deputado federal peça a líderes estrangeiros que prejudiquem deliberadamente o país que ele próprio representa"
10 jul 2025, 15:53 Tempo de leitura: 1 minuto, 14 segundos
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou nesta quarta-feira (10) duas representações contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), após ele defender publicamente que o ex-presidente norte-americano Donald Trump imponha sanções econômicas ao Brasil. Para Hilton, a conduta configura ato de traição aos interesses nacionais e atentado à soberania do país.
Na primeira iniciativa, Erika solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito 4995 no Supremo Tribunal Federal (STF), que determine o bloqueio de bens de Eduardo Bolsonaro e suspenda as doações recebidas pela família Bolsonaro, por entender que há uma atuação coordenada de setores da extrema-direita brasileira com lideranças estrangeiras para enfraquecer o governo brasileiro e provocar instabilidade institucional.
Já na Procuradoria-Geral da República (PGR), a deputada pediu o processamento criminal de Eduardo Bolsonaro com base no artigo 8º da Lei de Segurança Nacional, por “auxiliar intervenção estrangeira nos negócios internos do país”. O pedido leva em consideração a postagem recente do parlamentar, que incentivou Trump a adotar tarifas comerciais contra o Brasil, sob o pretexto de que o país “atua contra os EUA” na política internacional.
“Estamos diante de um ataque grave à soberania nacional. É inadmissível que um deputado federal peça a líderes estrangeiros que prejudiquem deliberadamente o país que ele próprio representa”, afirmou Erika Hilton. Para a parlamentar, é preciso uma resposta firme das instituições diante do que ela classificou como “conspiração internacional antidemocrática”.