Erika Hilton aciona o MP em defesa de vítimas de novos ataques LGBTfóbicos da jornalista Adriana Silva

“A homotransfobia foi equiparada ao crime de racismo pelo STF. Mas o que vemos é uma Justiça que muitas vezes falha em proteger as vítimas e impedir reincidências”

17 jun 2025, 20:20 Tempo de leitura: 1 minuto, 29 segundos
Erika Hilton aciona o MP em defesa de vítimas de novos ataques LGBTfóbicos da jornalista Adriana Silva

A deputada federal Erika Hilton (SP) acionou o Ministério Público nesta segunda-feira (17) após novos ataques homofóbicos praticados pela jornalista Adriana Silva, agora dentro do condomínio onde reside. A parlamentar atua em parceria com o mandato da vereadora paulistana Amanda Paschoal (PSOL-SP), que também acompanha de perto o caso e presta apoio às vítimas.

Segundo Erika, uma queixa-crime foi registrada na Polícia Civil nesta tarde por uma das vítimas, com quem o mandato está em contato desde ontem. A denúncia inclui não apenas os ataques verbais e comportamentais cometidos por Adriana, mas também a omissão da administração do condomínio, que teria se recusado a oferecer suporte aos moradores LGBTQIA+ agredidos.

Adriana Silva já havia sido presa no último domingo (16), após protagonizar um episódio de agressão homofóbica no Shopping Iguatemi. Apesar da prisão em flagrante, foi liberada pela Justiça e retornou ao condomínio onde voltou a praticar ataques contra moradores LGBTQIA+.

“A homotransfobia foi equiparada ao crime de racismo pelo STF. É inafiançável, imprescritível e deve ser combatida com o máximo rigor. Mas o que vemos é uma Justiça que muitas vezes falha em proteger as vítimas e impedir reincidências”, afirmou Erika Hilton em suas redes sociais.

A deputada também expressou solidariedade às vítimas e reforçou a importância de denunciar qualquer forma de LGBTfobia: “Quem agride uma pessoa LGBTQIA+ com ódio, tem grandes chances de agredir novamente. Não podemos naturalizar.”

O caso reacende o debate sobre a eficácia das medidas judiciais no combate à violência LGBTfóbica e sobre a responsabilidade de espaços privados na proteção e acolhimento das vítimas.

Foto: Vinicius Loures / CD