Emergência climática: 1 ano da catástrofe ambiental no RS

Há pouco mais de um mês lembramos o marco de 1 ano das enchentes históricas que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024. A catástrofe sem precedentes no estado deixou 186 mortos e atingiu 478 municípios, totalizando cerca de 2,4 milhões de pessoas afetadas. O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado brasileiro que sentiu os efeitos do aquecimento global e as consequências do negacionismo climáticos.

Durante este um ano o mandato de Fernanda Melchionna esteve na linha de frente tanto na rede de solidariedade durante a enchente, quanto em ações emergenciais, de mitigação dos danos e prevenção de futuros desastres. O mandato também elaborou um conjunto de medidas, que incluiu uma PEC para viabilizar a contratação emergencial de serviços essenciais; o Plano de Reconstrução Socioambiental do RS, para a suspensão da dívida do estado com a União, vinculada à adoção de práticas sociais e ambientais sustentáveis na reconstrução, além de outras ações. Também atuamos no sentido de alertar para a crise climática, pressionar governos por planos de prevenção, adaptação das cidades, entre medidas que se tornam cada vez mais urgentes diante das mudanças climáticas.

“Precisamos enfrentar o negacionismo climático, que já custou muito caro ao povo gaúcho. Mas também precisamos enfrentar o negacionismo neoliberal, que é aquele que reconhece o aquecimento global, no entanto, não pensa duas vezes em flexibilizar leis ambientais em prol do lucro. Não é admissível que, mesmo com todas as catástrofes que vêm ocorrendo em decorrencia das mudanças climáticas, o Brasil siga ignorando, comprometendo a vida do povo, para sustentar o capitalismo predatório”, afirma Fernanda.

Uma das ações do mandato de Fernanda Melchionna foi a criação da subcomissão de educação para acompanhar os impactos da tragédia ambiental e a reconstrução da comunidade educacional do Rio Grande do Sul. No relatório, aprovado na última semana de maio na Comissão de Educação, Fernanda apresenta dados preocupantes do panorama educacional no estado, como o da evasão escolar – 34 mil alunos podem estar em situação de evasão no RS, sendo a maioria na rede pública de educação – além de 18 sugestões de ações legislativas, entre projetos de lei, requerimentos de informação e indicação e ofícios, destinados a mitigar os danos à educação gaúcha. O relatório deve ser apresentado ao Ministério da Educação e na Assembleia Legislativa do RS.

Fotos: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados