“É preciso derrotar o poder miliciano que assola o Rio de Janeiro”, diz Tarcísio Motta na sessão solene dos seis anos do assassinato de Marielle e Anderson

Para o deputado do PSOL, prisão dos suspeitos foi motivo de celebração, mas serviu também para reafirmar a necessidade de manter a mobilização, possibilitando garantir a condenação dos responsáveis pelo crime

27 mar 2024, 10:25 Tempo de leitura: 2 minutos, 8 segundos
“É preciso derrotar o poder miliciano que assola o Rio de Janeiro”, diz Tarcísio Motta na sessão solene dos seis anos do assassinato de Marielle e Anderson

A Câmara dos Deputados realizou, na terça-feira (26.03), uma sessão solene para lembrar os seis anos do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido na noite de 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro. No domingo, o país acordou com a notícia da prisão dos suspeitos de serem os mandantes das mortes.

Para o deputado federal Tarcísio Motta (RJ), que conviveu com Marielle na Câmara dos Vereadores do Rio e de quem era amigo íntimo, a prisão dos suspeitos foi motivo de celebração, mas serviu também para reafirmar a necessidade de manter a mobilização, possibilitando garantir a condenação dos responsáveis pelo crime.

“Não arredamos e nem arredaremos os pés da luta para derrotar esse marco de poder miliciano que governa o Rio de Janeiro há décadas. Agora, sim, começamos a ter as respostas que esperamos durante seis anos”, afirmou o parlamentar.

Ainda no domingo, logo após a notícia da prisão dos supostos mandantes do crime, Tarcísio escreveu o texto abaixo, que reproduzimos na íntegra:

🌻 PSOL, o partido da Mari

Marielle construiu na Maré o primeiro congresso do PSOL aqui no Rio. Mais de uma década depois, foi pelo PSOL que ela escolheu ser candidata. Mas, ao longo dos últimos seis anos, não foram poucos aqueles que tentaram promover o apagamento da filiação partidária da Marielle. A prisão dos mandantes e a motivação apontada no processo demonstram que isso não pode mais acontecer.

Foi o PSOL que os assassinos da Mari também quiseram calar ao tramar e executar o assassinato. Nosso partido é uma pedra no sapato, um incômodo sempre presente para esses que construíram um ecossistema criminoso dentro do Estado para alimentar seus podres poderes e ampliar suas ensanguentadas fortunas. E, justo no PSOL, havia uma mulher preta, favelada e lésbica que não se rendia nem se vendia, mas combatia, denunciava, exigia e esperançava. Isso é insuportável para Brazões e seus iguais.

A tristeza que sinto é imensa, mas eu tenho orgulho de ser do partido da Marielle. Partido que ela escolheu e ajudou a organizar! A resposta que demos como partido e como sociedade foi a derrota deles e sei que hoje, Marielle também se orgulharia de tudo o que fizemos e ainda faremos. Justiça por Marielle e Anderson!

☀️ Viva o PSOL!
Mandato Tarcisio Motta (PSOL/RJ)
Foto: Bruna Menezes / Liderança do PSOL