Deputado Pastor Henrique Vieira pede que PF investigue relação entre André Valadão e empresário Daniel Vorcaro
Pedido foi motivado por reportagens recentes cujos conteúdos levantam dúvidas sobre vínculos pessoais, financeiros e empresariais
19 nov 2025, 11:18 Tempo de leitura: 1 minuto, 30 segundos
O deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) encaminhou, nesta quarta-feira (19), um ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, solicitando a apuração de possíveis relações de natureza econômica e institucional entre o pastor André Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha, e o empresário Daniel Vorcaro, investigado em procedimentos de repercussão nacional.
O pedido foi motivado por reportagens recentes da Revista Piauí e do jornal O Globo. Os conteúdos levantam dúvidas sobre vínculos pessoais, financeiros e empresariais envolvendo Valadão e Vorcaro, além de potenciais interfaces com o crescimento acelerado do Banco Master, instituição comandada por Daniel Vorcaro, e com a criação do banco Clava Forte, lançado por André Valadão em 2024 e voltado ao chamado “mercado cristão”.
No ofício, Vieira destaca a necessidade de verificar se estruturas religiosas foram utilizadas para fins econômicos e se houve cumprimento das normas tributárias relativas à imunidade de templos e eventual circulação de recursos que possam ter repercussão penal, financeira ou regulatória.
O parlamentar solicita que a PF avalie:
a instauração de procedimento preliminar para analisar os fatos divulgados;
possíveis vínculos financeiros, institucionais ou empresariais entre os envolvidos;
diligências e consultas a órgãos como Banco Central, COAF e Receita Federal, caso necessário.
“É preciso esclarecer informações que vêm sendo amplamente divulgadas e que podem ser importantes para investigações que já estão em curso, ainda mais considerando a dimensão financeira das operações apontadas pela imprensa”, afirma o deputado.
Henrique Vieira preside a Comissão Parlamentar em Defesa do Estado Laico e tem atuado em pautas que envolvem transparência, fiscalização de recursos e limites entre instituições religiosas e atividade econômico-financeira.