Deputadas do PSOL pedem confisco de terceiro conjunto de joias recebido por Bolsonaro
Luciene Cavalcante, Fernanda Melchionna e Sâmia Bomfim solicitam ao TCU que os itens de luxo sejam devolvidos ao Tesouro Nacional
28 mar 2023, 14:48 Tempo de leitura: 2 minutos, 1 segundoE uma terceira caixa de joias avaliada em mais de R$ 500 mil reais foi descoberta sob a posse de Jair Bolsonaro.
As deputadas Luciene Cavalcante (SP), Fernanda Melchionna (RS) e Sâmia Bomfim (SP) acionaram o Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a devolução dos itens recebidos pelo ex-presidente da República, na viagem a Arábia Saudita, em outubro de 2019. Desta vez, a caixa inclui um relógio da marca Rolex, uma caneta prateada Chopard, um par de abotoaduras em ouro branco, um anel em ouro branco com diamante no centro e um masbaha (tipo de rosário) feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.
Sobre esta nova denúncia, as deputadas Sâmia e Fernanda encaminharam ofício ao TCU; a deputada Luciene, uma petição a uma ação já existente.
“Bolsonaro surrupiou uma terceira remessa de joias sauditas contrabandeadas. Com a familícia é assim: quanto mais investiga, mais acha. Vamos seguir a pressão por investigação e punição desse bandido”, afirma Sâmia Bomfim.
Fernanda Melchionna questiona quantos itens mais que pertencem ao Tesouro Nacional estão em posse de Bolsonaro e família. “Quantos itens mais Bolsonaro levou com ele como acervo privado? Queremos que o TCU confisque imediatamente mais esse conjunto de joias. Além disso, assim que voltar ao Brasil, Bolsonaro precisa ser investigado, no mínimo, pelo crime de peculato”, ressalta Fernanda.
Na petição, Luciene solicita a imediata entrega dos itens ao acervo federal. “Fica evidente que o crime de peculato era uma prática comum no governo Bolsonaro. Vamos pressionar para que ele devolva essa terceira caixa de joias e também para que seja preso por esse e todos os seus crimes. A nossa luta por justiça só está começando”, destaca.
No início de março, as deputadas Fernanda e Sâmia, juntamente com o deputado Glauber Braga (RJ), solicitaram ao TCU o confisco da caixa de joias contendo uma pulseira de couro, par de abotoaduras, caneta rosa gold, anel e um masbaha, no valor de R$ 400 mil.
Luciene também já havia acionado o TCU e o MPF no caso do primeiro e do segundo estojo de joias e das armas surrupiadas por Bolsonaro, o que resultou na devolução dos itens, na abertura de um inquérito por peculato e em uma auditoria no acervo pessoal do ex-presidente.
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