Deputada professora Luciene quer que PGR investigue Tarcísio e Derrite após onda de violência da PM em SP
Não representam situações isoladas. O atual governador de SP impõe uma lógica fascista à polícia, como a tentativa de tirar as câmeras corporais dos agentes
6 dez 2024, 10:48 Tempo de leitura: 1 minuto, 41 segundosA deputada Luciene Cavalcante entrou com uma notícia-crime na Procuradoria Geral da República (PGR) para que seja apurada a responsabilidade do governador Tarcísio de Freitas e de seu secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, no assassinato e a agressão de dois homens por policiais militares em São Paulo.
Nas últimas semanas, uma onda de violência gerada por agentes da Polícia Militar tomou conta do Estado. As imagens que têm circulado nas redes sociais são de pura agonia e de deixar qualquer um enjoado.
No espaço de uma semana, o jovem negro Gabriel Renan Soares, de 26 anos, foi alvejado por 11 tiros pelas costas após furtar dois produtos em um mercado; outro caso mais chocante, um PM arremessou um homem já dominado de uma ponte.
Para a deputada, os casos não devem ser tratados como isolados.
A professora Luciene quer que órgão investigue a Tarcísio e Derrite por crimes contra a humanidade e de genocídio, além do descumprimento de decisão vinculante do STF sobre as câmeras corporais em uniformes policiais.
A deputada quer ainda que a PGR ofereça denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o governador de São Paulo e seu secretário, além da prisão preventiva dos militares envolvidos nas agressões.
Os números da segurança pública em SP têm sido estarrecedores. As mortes cometidas por PMs no estado cresceram 46% em 2024. Esse aumento é mais significativo entre os negros e moradores da periferia.
“Não representam situações isoladas. O atual governador de SP impõe uma lógica fascista à polícia, como a tentativa de tirar as câmeras corporais dos agentes”, afirma Luciene.
O Coletivo Educação em 1º Lugar, da qual a deputada faz parte ao lado do vereador de São Paulo Celso Giannazi e do deputado estadual por São Paulo Carlos Giannazi, denunciou Tarcísio e Derrite ao Tribunal Penal Internacional.