Deputada Professora Luciene denuncia Tarcísio de Freitas e Capitão Derrite ao Tribunal Penal Internacional de Haia por Crime Contra a Humanidade
Iniciativa da parlamentar do PSOL pede apuração investigativa das mortes ocorridas na Operação Verão da polícia de SP na Baixada Santista e conta com apoio do deputado estadual Carlos Giannazi e do vereador Celso Giannazi
11 abr 2024, 20:33 Tempo de leitura: 1 minuto, 45 segundosA deputada federal Professora Luciene Cavalcante (SP), junto com o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi, formalizou uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de Segurança, Guilherme Derrite, após as dezenas de mortes ocorridas na Baixada Santista durante a Operação Verão. Mais de 80 pessoas foram assassinadas na operação da polícia do governador, com indícios claros de ocultação de provas por parte de policiais.
A representação criminal apresentada destaca a responsabilidade dos dois nos eventos que resultaram em vítimas fatais na região, uma vez que, para os parlamentares, a redução do investimento em câmeras corporais nos policiais promovida pelo governo Tarcísio de Freitas contribui para a recorrência de abusos de poder, tortura e prisões ilegais cometidas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo. O documento também cita uma fala de Tarcísio na qual ele minimiza as críticas à Operação Verão, o infame “Tô nem aí”, demonstrando desdém em relação à gravidade dos acontecimentos.
A deputada Luciene Cavalcante solicitou ao Tribunal Penal Internacional que instaure um procedimento investigatório sobre o caso e que os acusados sejam obrigados a depor em Haia. O argumento é de que os eventos na Baixada Santista configuram crimes contra a humanidade, incluindo homicídio, tortura e perseguição.
A denúncia lança luz sobre as preocupações e críticas em relação à gestão da segurança pública no estado e levanta questões sobre a responsabilidade dos líderes políticos diante de violações de direitos humanos. Os membros do Coletivo Educação em 1º Lugar também acionaram a Justiça pela investigação do assassinato da cabelereira Edneia Fernandes Silva, mãe de seis filhos, e pelas agressões sofridas por um homem negro cadeirante e uma mulher lésbica, todos vítimas de uma violência injustificável da PM de São Paulo nos últimos dias.