Deputada Professora Luciene Cavalcante confronta Ricardo Nunes por perseguição a diretores e colocar interventores nas escolas

Segundo a deputada do PSOL, a prefeitura de São Paulo está afastando os profissionais, ignorando suas trajetórias, com décadas de serviço público e amplo reconhecimento das comunidades escolares

29 maio 2025, 20:49 Tempo de leitura: 1 minuto, 41 segundos
Deputada Professora Luciene Cavalcante confronta Ricardo Nunes por perseguição a diretores e colocar interventores nas escolas

Durante sessão de uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados, a deputada federal Professora Luciene Cavalcante (SP) fez um enfrentamento contra o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, denunciando a sua intervenção autoritária nas escolas municipais.

“Quero falar da minha indignação com o que está acontecendo na rede municipal de educação”, iniciou Luciene. Diretores e diretoras concursados foram convocados pelas Diretorias Regionais de Educação e informados de que tinham apenas 72 horas para deixar suas escolas. “Sem processo administrativo, sem contraditório, sem ato legal publicado, sem nenhuma base jurídica. Isso é abuso de poder, é assédio moral”, denunciou.

Segundo a deputada, a prefeitura está afastando os profissionais, ignorando suas trajetórias, com décadas de serviço público e amplo reconhecimento das comunidades escolares. “São escolas premiadas, com projetos pedagógicos inovadores, que enfrentam a falta de recursos e estruturas precárias. Mesmo assim, são referência em seus territórios. E agora estão sendo alvos de uma perseguição política”, denunciou.

A deputada acusou a gestão de destruir o princípio da gestão democrática, garantido no artigo 206 da Constituição Federal. Segundo ela, a justificativa da Prefeitura — de que os profissionais participarão de um curso de 9 horas por dia durante 10 meses — é uma falácia. “Isso é desvio de função. Isso não se sustenta legalmente. É um golpe contra a escola pública!”
Luciene ainda criticou o argumento de que as escolas afetadas estão entre as “piores avaliadas”. “São diretores bons, com anos de trabalho e compromisso com a comunidade. Não são os piores, como o senhor quer fazer parecer”, afirmou.

A deputada pediu firmemente que o prefeito recue da decisão. Ao ouvir de Ricardo Nunes que ele não iria recuar, respondeu com firmeza: “Então nós vamos continuar lutando. Nas ruas, no Congresso e com as comunidades escolares. Porque essa política autoritária não vai passar sem resistência!”.