Deputada Célia Xakriabá cobra medidas urgentes para conter incêndio na Serra da Moeda que já dura 50 dias
Parlamentar encaminhou ofícios à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e ao governador de MG, Romeu Zema. Mais de dois mil hectares já foram destruídos em áreas que incluem importantes biomas e territórios de povos tradicionais
10 out 2024, 09:32 Tempo de leitura: 2 minutos, 8 segundosA deputada federal Célia Xakriabá (MG) oficiou nesta terça-feira (8) a ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), Marina Silva, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o procurador-chefe do Ministério Público de Minas Gerais, Carlos Henrique Dumont Silva, cobrando medidas urgentes para conter um incêndio de grandes proporções na região do Monumento Natural Estadual Serra da Moeda, nas proximidades das comunidades quilombolas de Marinho da Serra e Taquaraçu, no município de Moeda (MG). O IBAMA, o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e o ICMBio também foram oficiados.
De acordo com relatos da população local, mais de dois mil hectares já foram queimados, tanto na área interna quanto na zona de amortecimento do Monumento.
“As áreas afetadas incluem importantes biomas e territórios de povos tradicionais, que estão desamparados diante da crescente destruição causada pelo fogo. É necessário mobilizar recursos e profissionais de forma emergencial para que não se percam mais vidas, culturas e ecossistemas inteiros”, argumenta a deputada no documento.
Os incêndios têm avançado sobre territórios indígenas, quilombolas e áreas de preservação ambiental, representando uma ameaça iminente à biodiversidade e à vida das comunidades locais. “O fogo que destrói as matas também consome culturas, histórias e modos de vida. As comunidades tradicionais estão entre as mais vulneráveis, e precisamos de uma resposta rápida e eficaz”, declarou a deputada.
A parlamentar pede que os órgãos e autoridades intensifiquem as operações de combate ao fogo e destinem mais recursos para equipar as brigadas, além de garantir assistência emergencial às populações impactadas. Ela também reforça a importância de fortalecer as brigadas comunitárias – compostas por membros das próprias comunidades indígenas e quilombolas – que são as primeiras a enfrentar o avanço das chamas.
“A crise climática, somada à falta de políticas públicas de prevenção, está levando a uma devastação sem precedentes. Não podemos assistir passivamente enquanto o fogo destrói nossos biomas e ameaça as vidas de quem depende diretamente deles. A resposta tem que ser imediata e coordenada”, pontuou Xakriabá.
A deputada ainda destacou a necessidade de investimentos mais robustos em políticas de preservação ambiental, além do suporte à recuperação das áreas destruídas, incluindo o reforço da proteção das comunidades que desempenham um papel crucial na conservação dos biomas brasileiros.
Foto: Bruno Spada / CD