Pastor Henrique Vieira e líderes religiosos declaram apoio ao PL 2630/20 e pedem que bancada evangélica adote a mesma posição

Em coletiva de imprensa, Vieira reuniu sacerdotes católicos e evangélicos do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais, para falar do PL do Combate às Fake News

4 maio 2023, 21:48 Tempo de leitura: 2 minutos, 18 segundos
Pastor Henrique Vieira e líderes religiosos declaram apoio ao PL 2630/20 e pedem que bancada evangélica adote a mesma posição

O deputado Pastor Henrique Vieira (RJ) realizou na terça-feira (02.05) uma coletiva de imprensa com participação de um grupo de líderes religiosos do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais, para falar do apoio que evangélicos e católicos vêm dando para que o PL 2630/20, conhecido como o PL das Fake News, seja aprovado – num movimento contrário ao que vem sinalizando a bancada evangélica da Câmara. “Nós queremos aprovar a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, apelidada de Lei de Combate às Fake News. Esse projeto passou por mais de 15 audiências públicas, passou por grupo de trabalho, amadureceu dentro da Câmara. E nós defendemos a aprovação porque a internet precisa de regulação, e não há nenhuma margem nesse projeto para censura. Quem está dizendo isso ou está desinformado ou está agindo de má-fé. O projeto busca responsabilizar grandes conglomerados que ganham dinheiro com a internet a respeito da disseminação de crimes que já estão tipificados na nossa legislação, e proteger nossas crianças e adolescentes de tragédias como as que o Brasil viu acontecer recentemente”, afirmou Vieira, antes de passar a palavra.

Henrique Vieira frisou bastante a importância do PL 2630/20 para a segurança das crianças e jovens brasileiros. Pesquisa recente da Atlas Intel, encomendada pelo grupo cívico Avaaz, revelou que 73,8% dos evangélicos e 78,4% dos católicos entrevistados são a favor da regulação das redes sociais, e 74% dos brasileiros acham que a falta de regulamentação das redes sociais contribuiu para os recentes ataques nas escolas. Participaram da coletiva Ricardo Gondim (Igreja Betesda), Sérgio Dusilek (Igreja Batista Marapendi), Bispa Marisa (bispa emérita da Igreja Metodista), Frei Lorrane (Ordem Franciscana dos Frades Menores) e a pastora Camila Oliver (Igreja Batista Nazareth, Aliança de Batistas do Brasil).

Na úlima semana, uma intensa campanha de desinformação, promovida inclusive por parlamentares e que foi fortalecida nas próprias plataformas, disseminou mentiras como a que diz que o PL permitirá que sejam censuradas postagens com trechos da Bíblia que tratam da homossexualidade. O PL 2630/20 não altera a liberdade religiosa. A regulação prevista no projeto não afeta postagens individuais, nem regula o que é verdade ou mentira, mas compele as empresas donas de redes sociais a adotarem controles mais rigorosos para evitar conteúdos racistas e/ou de violência contra mulheres, que façam apologia a massacres em escolas e defendam golpes contra a democracia. Para implementar essas medidas, as redes sociais terão que fazer investimentos e esse é o principal motivo para as empresas estarem se posicionando contra o projeto.

Foto: Bruna Menezes / LidPSOL