Denúncia da PGR aponta ‘kids pretos’ na trama golpista. Chico Alencar e bancada do PSOL pediram extinção do grupo em dezembro

“Além de punir exemplarmente todos os envolvidos na trama golpista, é urgente abrir um debate profundo sobre o novo papel dos militares na política e as ameaças que isso representa à democracia”, frisa deputado

20 fev 2025, 18:47 Tempo de leitura: 1 minuto, 23 segundos
Denúncia da PGR aponta ‘kids pretos’ na trama golpista. Chico Alencar e bancada do PSOL pediram extinção do grupo em dezembro

A recente denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o papel dos chamados “Kids Pretos” na tentativa de golpe contra a democracia brasileira reacende o alerta sobre a politização das Forças Armadas e a necessidade de reformas institucionais.

Segundo a investigação, esse grupo de elite do Exército teria pressionado o alto comando militar para aderir ao movimento golpista e esteve envolvido em planos de monitoramento e eliminação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Diante da denúncia, ganha ainda mais relevância o requerimento apresentado em 2024 pela bancada do PSOL, de iniciativa do deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), que propõe a extinção do grupo de elite conhecido como “Kids Pretos” e solicita apuração e medidas relativas às condutas criminosas associadas ao plano golpista.

“Não podemos aceitar esse tipo de forças especiais em exercício no nosso país. Cobramos também esclarecimentos sobre o funcionamento e a linha de orientação desses ‘destacamentos de elite’ em todas as Forças, para que não sejam utilizados como instrumentos de atentado ao Estado Democrático de Direito”, afirmou Chico Alencar.

O parlamentar também ressalta que as revelações da PGR confirmam a existência de setores dentro do Exército comprometidos com um projeto autoritário. Para ele, “além de punir exemplarmente todos os envolvidos na trama golpista, é urgente abrir um debate profundo sobre o novo papel dos militares na política e as ameaças que isso representa à democracia”

Foto Bruno Spada / Câmara dos Deputados