Chico Alencar realiza audiência pública sobre a Integridade da Informação Climática no Parlamento Brasileiro

Parte da “Virada Parlamentar Sustentável”, a iniciativa discutiu os desafios do combate ao negacionismo e a desinformação para a agenda ambiental

14 jun 2024, 12:58 Tempo de leitura: 1 minuto, 55 segundos
Chico Alencar realiza audiência pública sobre a Integridade da Informação Climática no Parlamento Brasileiro

O deputado Chico Alencar (RJ) realizou na terça-feira (11.06) uma audiência pública dedicada à Integridade da Informação Climática no Parlamento brasileiro. Uma iniciativa promovida pelo Grupo de Trabalho de Educação Ambiental e Enfrentamento à Desinformação da Frente Parlamentar Ambientalista, coordenado por ele. A audiência teve como objetivo central discutir os desafios para garantir a veracidade e a qualidade das informações climáticas que circulam tanto no parlamento, quanto na sociedade em geral.
O evento contou com a presença de representantes de diversas organizações de relevância nacional e internacional, incluindo Cristina Amorim, do Instituto Climainfo; Thais Lazzeri, do FALA – Estúdio de Impacto; João Guilherme Bastos dos Santos, do Instituto Democracia em Xeque; e Karina Santos, do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), e teve mediação de Agnes Franco, do Instituto Democracia em Xeque.
A jornalista Cristina Amorim destacou que não é de hoje que a sociedade é bombardeada de desinformação. “Essas mentiras alimentam uma guerra cultural e ideológica, e é justamente essa a novidade desastrosa dos novos tempos”, disse.
Thais Lazzeri, do projeto Mentira Tem Preço, explicou que seu trabalho sobre a desinformação vai além da estratégia em si, investigando também as engrenagens, os interesses, os agentes envolvidos. “Nós nos deparamos com uma indústria de mentiras para a desinformação climática que ataca a soberania nacional, ambientalistas e direitos indígenas”, afirmou. Para a diretora, a urgência hoje é “estabelecer regras e parâmetros para que as mentiras não gerem lucro”.
João Santos apresentou uma visão sistêmica da desinformação: “Ao invés de desmentir cada mentira sobre vacinação, que vacina tem chumbo, grafeno etc, temos que nos perguntar: por que tanto medo de metais pesados nos imunizantes? Quando isso surgiu?”.
Karina Santos reforçou que essa indústria também vem se aperfeiçoando. “Hoje são estratégias multiplataformas, mas essas estratégias custam caro. Por isso que é tão relevante que a gente tenha oportunidade de tratar das raízes do problema: o seu financiamento”, sugeriu. Além disso, ela salientou a importância de eventos como a audiência para capacitar agentes no combate da desinformação, trabalhando com debates multissetoriais nos mais variados espaços.