Boulos pede ao MPF inquérito contra Brasil Paralelo por doutrinação ideológica e charlatanismo pedagógico
Plataforma de streaming se dedica à produção e veiculação de conteúdos audiovisuais de extrema direita que negam fatos históricos e consensos científicos, além de agredirem minorias
5 dez 2024, 14:36 Tempo de leitura: 1 minuto, 15 segundosO deputado federal Guilherme Boulos (SP) acionou nesta quarta-feira (04.12) o Ministério Público Federal para investigar a plataforma Brasil Paralelo por doutrinação ideológica e charlatanismo pedagógico em centenas de escolas de todo o país. Na representação, Boulos pede a instauração de inquéritos civil e criminal para apurar a atuação da organização.
O Brasil Paralelo é detentor de uma plataforma de streaming dedicada à produção e veiculação de conteúdos audiovisuais de extrema direita que negam fatos historicamente comprovados e consensos científicos, além de agredirem minorias e desrespeitarem valores constitucionais que fundamentam a própria democracia.
Recentemente, uma série de reportagens do site The Intercept Brasil revelou que uma ação coordenada do Brasil Paralelo levou esses conteúdos para 285 unidades escolares. Os materiais violam princípios consagrados na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( LDB) e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
“O Brasil Paralelo está fazendo doutrinação ideológica nas escolas a partir de materiais com revisionismo histórico, que relativizam inclusive a tortura na ditadura militar”, denuncia o deputado federal.
“Eles seguem a velha tática da extrema direita de acusar os outros do que eles mesmos são. A plataforma é mais um instrumento da extrema direita para criar narrativas fantasiosas a partir fatos deturpados e fake news. É preciso enfrentar esse método e reestabelecer a verdade”, afirma Boulos.
Foto: Bruna Menezes / PSOL na Câmara