Bancada do PSOL assina carta que reúne parlamentares de 13 países contra venda de armas para Israel

“Não seremos cúmplices da grave violação do direito internacional por parte de Israel”

1 mar 2024, 12:57 Tempo de leitura: 1 minuto, 41 segundos
Bancada do PSOL assina carta que reúne parlamentares de 13 países contra venda de armas para Israel

Mais de 200 parlamentares de 13 países se uniram na assinatura de uma carta que defende um embargo contra a venda de armas para Israel. A bancada do PSOL inteira é a única do Parlamento brasileiro a subscrever o documento.

A carta é uma iniciativa do Progressive International, articulação que reúne ativistas e organizações para mobilizar ideias e forças progressistas no mundo. Assinam a carta contra a venda de armas para Israel, além de parlamentares do Brasil, Austrália, Alemanha, Bélgica, Canadá, França, Irlanda, Holanda, Portugal, Espanha, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

“Nós, os parlamentares abaixo assinados, declaramos nosso compromisso de pôr fim às vendas de armas de nossas nações para o Estado de Israel.

Nossas bombas e balas não podem ser usadas para matar, mutilar e desapropriar palestinos. Mas são: sabemos que armas letais e seus componentes, fabricadas ou enviadas por meio de nossos países, têm contribuído para o ataque israelense à Palestina, que já ceifou mais de 30 mil vidas em Gaza e na Cisjordânia.

Não podemos esperar. Após a decisão provisória da Corte Internacional de Justiça (CIJ) [mais conhecida como Corte de Haia] sobre o caso da Convenção de Genocídio contra o Estado de Israel, um embargo de armas deixou de ser uma necessidade moral para se tornar uma exigência legal.

Não seremos cúmplices da grave violação do direito internacional por parte de Israel. A CIJ ordenou que Israel não matasse, ferisse ou ‘deliberadamente [infligisse] aos [palestinos] condições de vida calculadas para provocar… destruição física’. Eles se recusaram. Em vez disso, eles prosseguem com um ataque planejado a Rafah que o Secretário-Geral das Nações Unidas advertiu que “aumentará exponencialmente o que já é um pesadelo humanitário”.

Hoje, nós tomamos uma posição. Tomaremos medidas imediatas e coordenadas em nossas respectivas legislaturas para impedir que nossos países armem Israel.”

Foto: Via Agência Brasil