ARTIGO Politicagem na Casa Política

O “espírito de Centrão” – pragmatismo funcional que dilui ideias, negação do Parlamento como espaço de dissenso civilizado e é mero acerto por cargos na estrutura do Legislativo – fragiliza ainda mais a nossa débil democracia.

Nas tratativas para a presidência da Câmara dos Deputados, a pequena política do toma lá dá cá tornou-se a grande, quase a única. Quase!

Qual a visâo de Legislativo federal e proposta de gestão democrática de Hugo Motta, o “ungido” por Lira, e dos que compõem com ele?

Queremos um Parlamento mais e mais poroso às demandas populares, que pressupõe uma profunda Reforma Política!

Qual a prioridade dessa candidatura – de suposta “unanimidade” – em relação às pautas sociais, a posição sobre “anistia” para golpistas, o fim dos continuados ataques à legislação ambiental? O que se propõe quanto ao peso, transparência e idoneidade das emendas parlamentares, hj quase sempre voltadas para a fidelização de “currais eleitorais”?

Onde estão até mesmo propostas de um novo funcionamento da Câmara, com previsibilidade da pauta, elaborada em debate prévio com todas as forças partidárias?

Para nós, não servem jantares, acertos de gabinete e descarada promessa de vagas, até no TCU!

O PSOL, pequeno mas com vocação de grandeza, não aceita essa pseudo “unidade” baseada em acordos de bastidores.

Não fomos procurados pelo esquemão dominante: sabem que não topamos esse rebaixamento.

Apresentaremos esta semana uma lista objetiva de propostas para o funcionamento democrático da Câmara dos Deputados.

Queremos dialogar com tod@s que reǰeitam esse “acordão” da casta política, voltado para o próprio umbigo!