Ao lado dos profissionais da educação, deputada Professora Luciene participa de ato contra farsa do reajuste de 2%
Proposta irrisória gerou indignação e onda de protestos contra o prefeito de SP que, em 2022, aumentou o próprio salário em 46%
22 mar 2024, 11:55 Tempo de leitura: 1 minuto, 45 segundosA proposta de recomposição salarial apresentada pelo prefeito Ricardo Nunes, de irrisórios 2,16%, gerou justa indignação e uma onda de protestos e mobilizações dos servidores públicos de São Paulo. O projeto de lei nº 155/2024 enviado pelo prefeito para a Câmara contendo essa proposta provocou diversas frentes de resistência, indo de manifestações e atos nas ruas até a deflagração de greve dos profissionais de educação e de agentes de combate a endemias do município. Respostas diretas ao descaso e à intransigência da administração municipal, que apresentou uma proposta que sequer cobre a taxa de reposição da inflação.
Considerado insuficiente e desrespeitoso diante do cenário econômico atual, o contraste entre a proposta de reajuste para os servidores e o aumento de 46% do próprio salário do prefeito Ricardo Nunes em 2022 revela uma desconexão alarmante deste com a realidade dos trabalhadores. Enquanto ele desfruta de benefícios substanciais, os servidores seguem enfrentando a desvalorização e a precarização de suas carreiras, conforme estes vem denunciando.
A deputada Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP) participou ativamente da agenda de atos convocadas pelos servidores ao longo da semana de mobilização na cidade de São Paulo. Defendendo um melhor índice de reajuste, que não seja o de 2,16%, a deputada também chamou a atenção para os problemas da política de remuneração por subsídio, que retira direitos e destrói as carreiras, bem como da necessidade de incorporação dos abonos complementares, o fim do confisco previdenciário e melhores condições de trabalho para os profissionais de educação e demais servidores.
“As mobilizações seguem, pois o projeto precisa ainda ser aprovado em segundo turno de votação. Por isso, além da realização de uma Audiência Pública que discutirá os valores apresentados pelo PL n° 155/24 em São Paulo, a bancada do PSOL apresentou substitutivo para que a taxa de reajuste seja adequada, e não mais um deboche como os 2,16% propostos por Nunes”, frisou a deputada.