“A quem interessa desidratar os recursos da Polícia Federal?”, questiona Fernanda Melchionna sobre o PL Antifacções

O PSOL apresentou um destaque para que o texto original do governo federal fosse mantido, mas foi derrotado na Câmara

19 nov 2025, 14:02 Tempo de leitura: 1 minuto, 27 segundos
“A quem interessa desidratar os recursos da Polícia Federal?”, questiona Fernanda Melchionna sobre o PL Antifacções

Mesmo em uma semana esvaziada e com vários escândalos em torno da pauta, a Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (18/11) o PL Antifacções. Os inúmeros e graves problemas do tema começam com a escolha política e eleitoreira de Guilherme Derrite para ser o relator da matéria. O secretário de Segurança do governo Tarcísio de Freitas (SP) se licenciou do cargo apenas para relatar o PL 5582/2025, que veio do governo federal. No entanto, Derrite deformou o texto e o transformou em um projeto que, na prática, dificulta o combate aos grandes chefes financeiros do crime organizado.

A deputada federal Fernanda Melchionna pontuou que a votação ocorreu no mesmo dia em que o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal em uma operação que desvelou um esquema criminoso que chegou a desviar R$ 12 bilhões em venda de carteiras de crédito falsas e ativos inexistentes pelo banco Master. Além disso, a deputada lembrou a operação Carbono Oculto, da Polícial Federal, que conectou o PCC à Faria Lima.

“Um dos principais pontos escandalosos do relatório é a retirada de recursos do fundo de segurança, que é utilizado pela Polícia Federal. A quem interessa enfraquecer o trabalho da Polícia Federal? Seria uma retaliação a operações como a Carbono Oculto ou a que prendeu o presidente do Banco Master por fraude? Esses crimes certamente tem tentáculos incrustrados na política. O que o relatório de Derrite faz é dificultar o combate aos criminosos de colarinho branco”, alertou Fernanda.

O PSOL apresentou um destaque para que o texto original do governo federal fosse mantido, mas foi derrotado na Câmara.