“Quando uma mulher negra avança, o povo brasileiro inteiro avança junto”, afirma Talíria Petrone na Marcha

Líder do PSOL abriu a sessão solene na Câmara dizendo que o plenário da Casa, lotado de mulheres negras, representava o povo brasileiro

27 nov 2025, 19:34 Tempo de leitura: 1 minuto, 46 segundos
“Quando uma mulher negra avança, o povo brasileiro inteiro avança junto”, afirma Talíria Petrone na Marcha

Líder da bancada do PSOL na Câmara Federal, a deputada Talíria Petrone (RJ) esteve presente na 2ª Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem-Viver, que reuniu, na última terça-feira (25.11), mais de 300 mil pessoas no caminho rumo à Esplanada dos Ministérios.

“Nós estamos em marcha, nós sempre estivemos em marcha e nós chegamos aqui em marcha. Vamos construir um Brasil em que toda menina negra e toda mulher negra possa ser feliz. Quando uma mulher negra avança, o povo brasileiro avança junto”, afirmou a deputada.

Antes da Marcha, Talíria abriu a sessão solene na Câmara, dizendo que o plenário da Casa, lotado de mulheres negras, representava o povo brasileiro.

“O povo brasileiro é uma mulher negra. Temos o compromisso de que muitas outras mulheres negras ocupem o Congresso Nacional. Temos uma bancada negra que tem um projeto de país. A agenda passa por reparação e a ocupação das mulheres negras em todos os espaços de poder”, afirmou.

A sessão foi presidida pela deputada Benedita da Silva (PT/RJ), primeira mulher negra eleita para a Câmara, em 1982, e deputada constituinte em 1988.

Uma das parlamentares que sugeriu a homenagem, Talíria lembrou que a mulher negra representa a base de construção do Brasil e que não é possível falar em futuro sem pensar em mulheres negras ocupando espaços de poder.

“Não há reconstrução possível que não passe pelas mãos das mulheres negras. Não há bem-viver possível que não passe pelas nossas mãos, porque, se é verdade que a nossa existência nesse país é uma existência em tragédia, em dor, é verdade também que não há pedra sobre pedra sem o nosso trabalho, força, ancestralidade, resistência, ciência. Sem os nossos saberes e culturas”, disse ela.

A primeira marcha das mulheres negras foi realizada em 2015 e contou com a presença de mais de 100 mil mulheres negras em Brasília, em uma mobilização que denunciava o racismo, o sexismo e a violência.